O motorista do carro onde estava o policial civil que foi baleado nesta sexta-feira (16), em Indaiatuba, contou à EPTV Campinas que o atirador começou a fazer os disparos de dentro do veículo que dirigia após uma ultrapassagem pela direita na Rodovia Santos Dummont (SP-075). A vítima segue internada e o policial militar que atirou contra ele prestou depoimento (veja mais abaixo).
“Quando abaixei o vidro pra entender a situação, ele já estava com a arma em punho e começou a desferir os disparos contra o meu veículo, sem simplesmente dizer qualquer palavra, sem se identificar”, revela o amigo da vítima, que não quis se identificar à reportagem da EPTV Campinas.
Segundo o boletim de ocorrência, o policial militar que efetuou os disparos trabalha em Votorantim, está atualmente de férias e teria se entregado para a Polícia Rodoviária. Ele estava acompanhado da esposa no carro e foi liberado depois de ouvido na delegacia de Itu, que será responsável por apurar o caso.
LEIA MAIS
Conta de luz vai subir até 36% com ‘herança’ e aumento de custos
Compras de Natal: lojas do Centro de Campinas abrem neste domingo
VÍTIMA ESTAVA COM O FILHO
De acordo com a Polícia civil, a vítima estava no banco traseiro do carro, junto ao filho de 5 anos, quando foi atingido por dois disparos. O veículo ainda era ocupado por outras duas pessoas e ficou com ao menos duas marcas de tiros.
O policial civil segue internado em estado estável no HAOC (Hospital Augusto de Oliveira Camargo), em Indaiatuba. O filho dele também estava no veículo e está em estado de choque após presenciar o ataque, segundo amigo da vítima. A testemunha também critica o comportamento e a postura do policial militar.
“Eu creio que não é esse o procedimento de um policial, seja ele militar ou civil. Eu só espero que, se ele tiver família assim como nós, repense o que fez”, diz.
ULTRAPASSAGEM PELA DIREITA
Ainda conforme o relato do motorista, o grupo seguia em direção a Campinas depois de sair de Sorocaba. Quando passavam por Indaiatuba, ele “deu sinal de farol e seta” para ultrapassar o veículo que estava a frente na faixa da esquerda,
“Ele não saiu. Ultrapassei o mesmo pela direita e uns 200, 300 metros a frente, o mesmo veículo me alcança na faixa da esquerda, joga bruscamente na minha frente e reduz a velocidade. Tento desviar, prosseguir para tentar ultrapassar, ele me fecha, quase me tira da rodovia”, detalha o homem, que finaliza dizendo que os tiros foram disparados quando ele tentava conversar com o atirador.
LEIA TAMBÉM
