Na próxima semana, Campinas celebrará mais um feriado, o último antes do Natal. A data, dia 8 de dezembro, cairá numa sexta-feira adiantando o final de semana para os moradores da cidade. Mas muita gente está se perguntando: que feriado é este, se o dia do aniversário de Campinas é em 14 de julho? Por que, então, o feriado municipal é comemorado em 8 de dezembro?
A explicação está no fato de que 8 de dezembro é o Dia da Padroeira da cidade, Nossa Senhora Imaculada Conceição. Vale destacar que a comemoração é realizada no dia da padroeira e não no dia do aniversário devido a uma lei municipal (nº 173), que foi sancionada em 28 de junho de 1949.
Mas, por que Campinas tem esta padroeira, e não outra?
Essa história começa no século 18, quando a cidade era apenas uma vila de Jundiaí e não tinha nenhuma igreja. Por isso, os moradores precisavam se deslocar até a paróquia de Nossa Senhora do Desterro para ir às missas, convocar o padre (até para) extrema-unção e para todos os demais sacramentos católicos. Então, os moradores da vila reivindicaram uma paróquia própria.
O pedido foi concedido pela Igreja, e a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso foi fundada. Depois de muito tempo, um templo fixo começou a construído, e hoje ele é o que conhecemos como a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, também chamada de Catedral Metropolitana de Campinas, no Centro da cidade.
“Nossa paróquia foi fundada sobre a devoção a Nossa Senhora Conceição cuja devoção é de origem portuguesa”, disse o padre César Divino de Souza, vigário paroquial da Catedral Metropolitana de Campinas. Essa devoção “é um dogma, uma verdade irrevogável, a partir da manifestação de Cristo”, complementa o sacerdote.
Mas, quem é a Imaculada Conceição?
É um dos títulos atribuído à Virgem Maria, considerada pela Igreja Católica como a única mulher nascida sem o pecado original. Ainda de acordo com a fé católica, Maria foi concebia assim porque foi dela que nasceu o próprio menino Deus, o Salvador, Jesus Cristo. “E foi ele mesmo quem redimiu esse pecado, que foi quando a humanidade se afastou da bondade de Deus e abriu seu coração para o mal”, informa o padre.
Foi por meio deste pecado também que o homem passou a morrer, porque – ainda segundo a Igreja -, só há vida em Cristo. “Mas, Ele redimiu o ser humano, e o que reina é a vida. Jesus veio trazer a vida plena. Por isso é que a recebemos de volta”, finaliza.
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