O secretário Ernesto Dimas Paulella e o diretor Luís Cláudio Nogueira Mollo, ambos do Departamento de Parques e Jardins da Prefeitura de Campinas, prestaram depoimentos no caso da queda de árvore que matou uma criança de sete anos na Lagoa do Taquaral, em 24 de janeiro, segundo informou a Polícia Civil.
“Os depoimentos foram baseados nos laudos do Instituto Biológico e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Ambos afirmam que a queda do eucalipto ocorreu em razão de senilidade da árvore, somado aos adventos climáticos e precipitações elevadas e muito acima da média dos meses de janeiro, ainda pelo grande porte e peso da árvore, saturação do solo e do lençol freático superficial”, disse a corporação, em nota.
Ontem, um novo laudo técnico apontou que 181 árvores deverão ser retiradas do parque – veja os detalhes abaixo. Em nota, a Prefeitura de Campinas afirmou que “está à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos”.
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LAUDO TÉCNICO
21 dias após a tragédia, a Prefeitura de Campinas divulgou que um novo laudo técnico aponta que ao menos 200 árvores vão precisar ser extraídas ou podadas dentro da Lagoa do Taquaral. Deste total, 181 serão retiradas por completo. Este laudo foi divulgado hoje com exclusividade à EPTV Campinas e a ação será na parte interna e externa do parque, para evitar novos acidentes. O documento foi concluído e emitido por especialistas a pedido do Ministério Público sobre a situação das árvores no Taquaral.
“Nós temos dentro, na parte interna do parque Lagoa do Taquaral, 181 espécies comprometidas. Espécies secas, não são todas com altura significativa, mas estão comprometidas no aspecto fito-sanitário. E nós temos 45 de poda, na parte externa, no manejo periférico que chamamos, vão ser remanejadas 62 espécies, entre poda e supressão. Nós estamos encaminhando (o laudo) para a Promotoria hoje e vamos começar a entrar com a equipe a partir de amanhã para fazer o manejo periférico. Isso é igual foi feito no Bosque dos Jequitibás: vamos podar aquelas que estão com galhos sobre a calçada e sobre a via, e as que estão comprometidas vamos erradicar”, disse a diretora técnica da secretaria de Serviços Públicos de Campinas, Marcia Calamari.
A tragédia aconteceu na manhã do dia 24 de janeiro e vitimou Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos. Uma das pessoas feridas, a engenheira Gabriela Araújo, de 27 anos, terá que fazer fisioterapia para voltar a andar.
No parque, funcionários da Prefeitura de Campinas trabalham no local próximo ao acidente, retirando árvores e os troncos são triturados, e enviados para uma usina de recompostagem. Parte do material também será utilizado em obras públicas em Campinas.
INVESTIGAÇÃO PRORROGADA
A Polícia Civil confirmou na última segunda-feira (13) a prorrogação do inquérito que apura a morte de Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos. Segundo a polícia, o IC (Instituto de Criminalística) solicitou um prazo de mais 90 dias para finalizar um laudo onde revela um “levantamento do local” e inclui avaliações da área de engenharia.
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