A Prefeitura de Campinas e os servidores municipais chegaram a um acordo e avançaram nas negociações da campanha salarial de 2023. Em assembleia na noite de ontem (14), servidores aceitaram as propostas da Administração, e vão receber 13ª parcela do auxílio-alimentação e do vale nutricional e reajuste de 4,5% nos salários.
Segundo a Prefeitura, a reunião definiu o aumento dos salários dos servidores municipais utilizando o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Anteriormente, o índice de reajuste seria de 4,18% para ativos e inativos, retroativos a maio.
“A Prefeitura também reajustará o vale-alimentação para os servidores da ativa, passando dos atuais R$ 1.350,00 para R$ 1.570,00, um aumento de 16,30%. Já o vale nutricional dos aposentados será reajustado em 17,52%, indo dos atuais R$ 221,23 para R$ 260,00”, informou a Administração, que explicou que 13º vale-alimentação/vale nutricional também será pago em dezembro.
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OUTROS BENEFÍCIOS
Em nota, a Prefeitura explicou que em etapas anteriores de negociação, ficou acertado um bônus para os servidores da Educação, a ser pago no final do ano.
“A estimativa é de que o valor seja um salário-base. As regras de como o benefício será pago ainda serão definidas”, informou.
Já na área de segurança, a Prefeitura também se comprometeu com a ampliação do Adicional de Risco de Vida (ARV) dos guardas municipais de 25% para 45%. Segundo a Administração, serão duas parcelas de 10%, uma paga neste ano e a outra em 2024.
Outro ponto acordado na negociação foi o pagamento, no dia 30 de junho, da primeira parcela do 13º para os servidores que ainda não receberam o benefício neste ano. A ação vai contemplar mais de 10,2 mil pessoas.
SINDICATO INDICA MAIS PROPOSTAS
Em nota, o STMC (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas) também informou que ficou acordado do governo enviar um projeto de lei para a Câmara Municipal para a redução da carga horária de trabalho de servidores e servidoras responsáveis diretos por crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência.
“Uma minuta de projeto de lei será enviada para a Câmara de Vereadores até julho para adequar a legislação municipal a acórdão do Poder Judiciário”, diz a nota.
O STMC informou também que outra proposta discutida é a opção de fazer empréstimo consignado por meio do Camprev com juros menores do que oferecidos hoje pelos bancos.
“O presidente do Camprev afirmou que o instituto tem R$ 2 bilhões em caixa e vai avaliar a legislação para que os servidores possam fazer o consignado. Vamos fazer uma reunião com os diretores do Camprev para debater esse assunto. Na nossa última assembleia, diretores do instituto se mostraram contrários a isso e queremos saber o motivo”, disse o coordenador-geral do STMC, Tadeu Cohen Paranatinga.
CONSIDERA AVANÇO
O coordenador do Sindicato, Lourivam Valeriano de Souza, indicou que a negociação com a Administração é sempre dura, mas afirma que todas as propostas foram debatidas com o governo.
“O fechamento do índice não avançava mesmo com a nossa insistência e até propomos abrir mão das outras conquistas para que fossem aplicados os 15,75% de reajuste e o governo não aceitou. Não era a proposta que queríamos, mas temos agora um funil para fazer justiça, promover a valorização e a carreira com a revisão do PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos)”, disse.
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