Após sofrerem com as restrições e os fechamentos causados pela covid-19 entre 2020 e 2021, os shoppings de Campinas registram saldo positivo de 40 novas lojas em 2022. O resultado acontece após o fechamento de 120 locais no pior momento da pandemia e a abertura de 160 estabelecimentos ao longo deste ano.
Os dados são da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Campinas e consideram os oito centros de compras da cidade. O movimento de consumidores também aumentou e já supera o nível de ocupação registrado antes das medidas sanitárias. No Campinas Shopping, por exemplo, o índice hoje está em 96%.
A gerente de marketing do local, Thaís Gomez, explica que depois de dois anos difíceis por causa do coronavírus, as atividades estão voltando à normalidade. “Fomos afetados. Mas acho que vamos fechar com uma média de 15% a 20% de crescimento no acumulado, quando a gente compara com o ano passado”, diz.
As aberturas trazem novas vagas de emprego e movimentam o mercado. Um dos estabelecimentos, sozinho, contratou 35 pessoas e a líder de vendas, Renata Florêncio, celebra que o investimento tem compensado. “Está correspondendo. Temos o Dia das Crianças e o Natal com grande expectativa”, comenta ela.
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FATOR COPA DO MUNDO
Somente no Parque D. Pedro Shopping, um dos maiores do Brasil, 32 novas lojas foram abertas em 2022. E o superintendente do centro de compras, Marcelo Zaffalon, acredita que a expectativa vai melhorar ainda mais, já que no segundo semestre a tendência é de aumento nas vendas por todo o Brasil.
“A Associação Brasileira de Varejo prevê aumento de 12% no segundo semestre em relação ao primeiro. Lembrando que esse é um ano que tem Copa do Mundo. Nós estamos falando em R$ 20 bilhões a mais na economia. O ano já vinha muito bem e a expectativa para o fim do ano é ainda melhor”, prevê.
DÍVIDAS ALTAS
Apesar de considerar os números animadores, o presidente da Comissão de Shopping Centers da OAB, Gustavo Maggioni, faz questão de trazer o contraponto econômico, já que o aumento das dívidas é realidade entre lojistas.
“Vários lojistas que conseguiram sobreviver durante pandemia carregaram muitas dívidas, tanto com os shoppings, envolvendo os custos de ocupação, quanto com os empréstimos bancários e com o governo. E hoje, apesar de ter um faturamento, ele tem os custos diários e mais as dívidas”, pondera ele.
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