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CotidianoTempestade Akará vai causar temporais na região? Veja a previsão para SP

Tempestade Akará vai causar temporais na região? Veja a previsão para SP

Fenômeno considerado raro no Brasil está atualmente na região Sul do país e deve seguir em alto-mar nesta terça-feira (20)

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Um ciclone considerado raro na costa brasileira pode influenciar o clima de forma indireta na região de Campinas. O fenômeno fez a transição de subtropical para tropical antes de se tornar tempestade ao longo do último fim de semana, de acordo com a Metsul.
   

Nomeada como Akará, espécie de peixe em Tupi antigo, a tempestade tropical é uma área de baixa pressão atmosférica que se origina no oceano e ajuda a formar as nuvens mais carregadas, mas não está associada a uma frente fria.  

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Atualmente, ela está na região Sul do país. Segundo a Marinha, esse é o terceiro registro do fenômeno no Brasil, em que os outros dois aconteceram em 2004 e 2019.   

Tempestade Akará vai causar temporais na região?  

De acordo com a Climatempo, a tempestade tropical Akará não tem influência direta na chuva nem em ventos fortes que possivelmente ocorram no continente. As nuvens cumulonimbus são as responsáveis por causar temporais com fortes pancadas de chuva, raios, eventualmente granizo e ventania, e estão se formando por todo o Brasil por conta da grande disponibilidade de ar quente e úmido.  

Já a tempestade Akará funciona como um “aspirador” que ajuda a puxar toda a umidade que vem do Norte do país. Dessa forma, a combinação de ar quente e úmido com a tendência de circulação ciclônica em vários níveis da atmosfera é o que gera nuvens carregadas sobre o Sudeste do Brasil.   

“Nuvens carregadas continuam crescendo sobre todo o Sudeste do Brasil por causa do ar quente e úmido que está sobre a região e da circulação ciclônica de ventos, em vários níveis da atmosfera, que também predomina sobre a região. A circulação ciclônica, isto é, no sentido horário, ajuda a concentrar o ar úmido e facilita a formação das nuvens carregadas”, explica o Climatempo  


A empresa brasileira de meteorologia também destaca que tempestade tropical causa ventos fortes sobre o oceano e isso deixa o mar agitado na costa do Sul e do Sudeste, então os navegantes precisam ficar atentos aos avisos da Marinha do Brasil.  

A expectativa é que a tempestade Akará continue em alto-mar nesta terça-feira (20), sem se aproximar efetivamente do continente. Atualmentem ela está se movendo para Sudoeste, com tendência para o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Ela deve ir se afastando mais na quarta-feira (21), e a partir de quinta (22) não atuará mais sobre o país, de acordo com meteorologista da Climatempo.
 

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Há risco de se tornar um furacão?  

Uma tempestade tropical é o último estágio de desenvolvimento abaixo de um furacão. “Mas até o momento, não há expectativa que Akará se intensifique mais e se transforme em um furacão”, afirma a empresa de meteorologia. É o primeiro ciclone a ser nomeado no Brasil desde a tempestade subtropical Yakecan, em maio de 2022.  

Assim como a Climatempo, a Metsul também avalia que não há risco de evolução para um furacão. “O centro de baixa pressão na costa do Sul do Brasil foi elevado da categoria de depressão tropical a tempestade tropical, o estágio anterior a um furacão. Com isso, a tempestade foi nomeada e batizada como Akará”, acrescenta a Metsul.  

A tendência é que ela continue seguindo rumo ao Sul, longe do continente, até se dissipar totalmente, não oferecendo perigo em terra firme. Embora sem causar consequências no continente, a tempestade Akará proporcionou o registro de algumas imagens de satélite na segunda-feira (19), conforme divulgou a Metsul.  

Por que a tempestade foi batizada de Akará?  

“Apenas as tempestades tropicais e subtropicais recebem um nome e somente a Marinha do Brasil batiza estas baixas pressões atmosféricas especiais”, disse a empresa de meteorologia Climatempo. Enquanto o ciclone permanece como depressão tropical ou subtropical não é dada uma nomenclatura para ele.  

Segundo o meteorologista Guilherme Borges, no início de 2023, a Marinha listou os possíveis nomes dos próximos eventos, que incluía Akará (espécie de peixe), Biguá (ave marinha), Caiobá (habitante da mata), Endy (luz do fogo) e Guarani (guerreiro).  

O Akará é o nome indígena do acará, espécie de peixe de rio encontrado na região amazônica e em outros rios do Brasil. “Conhecido por sua carne saborosa, o Akará é frequentemente utilizado na culinária local, preparado de várias maneiras, como frito, assado, cozido ou em ensopados. Além disso, é apreciado por sua carne branca e firme”, explica o meteorologista.  

Classificação dos ciclones, segundo a Marinha do Brasil:  

  • Ciclones extratropicais: formam-se em latitudes altas, médias ou subtropicais e possuem núcleo frio em toda sua extensão vertical;  
  • Ciclones tropicais: formam-se próximo ao Equador e possuem núcleo quente em toda sua extensão vertical;  
  • Ciclones subtropicais: formam-se em latitudes subtropicais, tendo núcleo quente mais próximo a superfície e núcleo frio mais alto na atmosfera.  

Entenda as diferenças entre depressão tropical e tempestade tropical, conforme a Climatempo:  

  • Depressão tropical é uma área de baixa pressão atmosférica com ventos máximos sustentados de até 63 km/h;  
  • Tempestade tropical é uma perturbação atmosférica mais organizada, com ventos máximos sustentados entre 63 km/h e 118 km/h e com pressão interna inferior à depressão subtropical. A pressão interna de uma tempestade tropical normalmente pode cair para valores em torno de 990 milibares ou menos, dependendo da intensidade da tempestade.  
Por que os ciclones tropicais e subtropicais são raros no Brasil?  

Ciclones subtropicais e tropicais precisam de três ingredientes básicos para a sua formação: alta temperatura da superfície do mar, muita umidade próximo da superfície, e um ciclone frio ocorrendo também nos médios níveis da atmosfera (em cerca de 5 km de altura).  

“Não é sempre que a temperatura da superfície do mar está suficientemente alta, não é sempre que existe umidade suficiente na região e não é sempre que um ciclone frio ocorre a 5 km de altura. Então, a ocorrência destes três fatores, ao mesmo tempo, e em posições favoráveis, não é muito comum. Por isso estes sistemas são raros”, explica a Climatempo.  

Já os ciclones extratropicais, por outro lado, são bem comuns porque seus ingredientes fundamentais (variação de temperatura na horizontal perto da superfície e frentes frias) ocorrem constantemente na atmosfera, de acordo com a empresa de meteorologia.  

Tempestades tropicais e subtropicais no Brasil  

Antes da tempestade tropical Akará, neste período, somente uma delas tinha sido registrada como tempestade tropical, no caso batizada de Iba.
 

Entre 14 e 16 de fevereiro de 2021, um ciclone permaneceu apenas como depressão subtropical, não recebendo nome. Outra depressão subtropical também foi registrada entre os dias 6 e 9 de janeiro de 2023, acrescentou a Climatempo.  

Veja a lista de tempestades tropicais e subtropicais registradas desde 2011 pela Marinha do Brasil:  

  • Arani – tempestade subtropical – 14 a 16 de março de 2011;  
  • Bapo – tempestade subtropical – 5 a 8 de fevereiro de 2015;  
  • Cari – tempestade subtropical – 10 a 13 de março de 2015;  
  • Deni – tempestade subtropical – 15 a 16 de novembro de 2016;  
  • Eçaí – tempestade subtropical – 4 a 6 de dezembro de 2016;  
  • Guará – tempestade subtropical – 9 a 11 de dezembro de 2017;  
  • Iba – tempestade tropical – 23 a 28 de março de 2019;  
  • Jaguar – tempestade subtropical – 19 a 22 de maio de 2019;  
  • Kurumí – tempestade subtropical – 23 a 25 de janeiro de 2020;  
  • Mani – tempestade subtropical – 25 a 27 de outubro de 2020;  
  • Oquira – tempestade subtropical – 27 a 30 de dezembro de 2020;  
  • Potira – tempestade subtropical – 19 a 24 de abril de 2021;  
  • Raoni – tempestade subtropical – 28 de junho a 1º de julho de 2021;  
  • Ubá – tempestade subtropical – 9 a 12 de dezembro de 2021;  
  • Yakecan – tempestade subtropical – 16 a 19 de maio de 2022.  

Em 2004 um furacão atingiu o Estado de Santa Catarina, deixando mais de 27,5 mil moradores desalojados, quase 36 mil casas danificadas, 518 feridos e 11 mortos. Os prejuízos chegaram a R$ 1 bilhão. Na ocasião ainda não havia nenhuma opção de nome a ser atribuído aos fenômenos desta natureza, e o furacão foi chamado Catarina. Depois da passagem dele, a Marinha decidiu criar uma lista.  

Já Anita foi uma tempestade subtropical que se originou perto do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina entre 8 e 12 de março de 2010, segundo a Climatempo.  

*Com informações da Agência Estado e EPTV Campinas

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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