Em um ranking com 2.462 universidades do mundo todo, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ficou entre as 15% melhores instituições. Este foi o melhor resultado da entidade em oito anos (veja detalhes abaixo).
A avaliação da QS World University Rankings 2023 mostra a universidade na 210ª posição. O MIT (Massachusetts Institute of Technology) é o líder mundial. No Brasil, a USP (Universidade de São Paulo) é a única que supera a Unicamp.
Entre os itens considerados, a instituição estadual de Campinas se destacou em “reputação acadêmica”, no qual ficou na 93ª posição (entenda mais abaixo).
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EVOLUÇÃO
A Universidade Estadual de Campinas começou a ser avaliada anualmente em 2014, quando ficou no grupo das 25% melhores universidades. Depois, em 2015 e 2016, figurou entre as 24% e as 22% melhores instituições, respectivamente.
Depois de evoluir e conquistar o percentual de 21% em 2017 e de 19% em 2018, a Unicamp teve uma ligeira queda em 2019 e 2020, quando não saiu dos 20%. Em 2021, no entanto, reagiu, ficando com 19,6%. Depois, em 2022, foi a 16,8%.
Em relação à lista anterior, a entidade subiu nove posições: de 219ª para 210ª.
O RANKING
A avaliação é uma das mais respeitadas do mundo. Os critérios considerados no ranking são: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações científicas, parcerias internacionais para pesquisa, presença de estudantes e docentes estrangeiros e taxa de empregabilidade.
Para avaliar a reputação, item no qual a Unicamp mais se destacou, a editora britânica QS (Quacquarelli Symonds) coletou a avaliação de 130 mil especialistas em ensino superior, que apontaram as instituições de prestígio.
“Recebi com satisfação a notícia. O resultado revela os esforços para divulgar com mais eficiência os dados que comprovam a qualidade de nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão”, pontua o reitor da Unicamp, Antonio Meirelles.
PESQUISA CIENTÍFICA
Conhecida também pelas pesquisas científicas, a universidade estadual divulgou nesta semana o resultado de um estudo que fez o tratamento de uma pessoa infectada por covid-19 utilizando leite materno de uma doadora vacinada.
O caso foi publicado em artigo em revista científica e, conforme os pesquisadores, a paciente tratada apresentava há mais de quatro meses resultados positivos de covid, com RNA viral detectados em teste de RT-PCR.
O tratamento foi feito em uma paciente portadora de doença genética rara, que torna o sistema imune incapaz de combater vírus e outros patógenos.
Durante uma semana, ela foi orientada a ingerir 30 mililitros de leite materno de uma doadora vacinada contra o SARS-CoV-2 a cada três horas.
Após esse período, o resultado do teste de RT-PCR que há mais de 120 dias vinha indicando a presença do RNA viral finalmente veio negativo.