O homem de 28 anos, morador de Indaiatuba e que teve o quadro de varíola dos macacos confirmado nesta quinta-feira (16) teve contato com um parente que vive com ele. A pessoa não apresenta sintomas, está isolada e em observação.
A situação foi confirmada pela secretária de Saúde do município, Graziela Drigo Bossolan Garcia, que detalha como o trabalho atual é feito para evitar que o caso, considerado importado, gere mais contaminações na cidade a na região.
“Assim que o paciente é colocado como suspeito, obrigatoriamente ele e os contactantes diretos são colocados em isolamento. Foi o que aconteceu aqui. O contactante é monitorado. Eles entram agora no 10º dia de isolamento”, diz.
O morador de Indaiatuba fez uma viagem recente à Europa e é o segundo caso de varíola dos macacos na RMC (Região Metropolitana de Campinas). A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira.
A infecção foi comprovada pelo Instituto Adolf Lutz. Segundo a pasta de Saúde de Indaiatuba, o paciente foi atendido no Hospital Santa Ignês da rede particular no último dia 13, passa bem e cumpre isolamento domiciliar.
O homem, que é acompanhado pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da cidade, é o quarto caso em São Paulo e o sexto no Brasil.
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NA REGIÃO
O primeiro caso da doença na RMC foi confirmado no último dia 11 pela secretaria de Saúde de São Paulo. O infectado é um homem morador de Vinhedo e o caso também é considerado importado, já que o paciente, de 29 anos, tem histórico de viagem para Portugal e Espanha.
Conforme a pasta, ele teve os sintomas e as primeiras lesões na pele ainda na Europa e está isolado na casa onde mora, em Vinhedo. “A Vigilância Epidemiológica do município, em parceria com o Estado, monitora o caso e seus respectivos contatos”, informou o governo.
A secretaria de Saúde de Vinhedo afirmou que o homem está isolado, em baixo risco de transmissão e evoluindo bem.
A pasta afirmou ainda que está em monitoramento com o homem e em contato com a família, que está assintomática. Segundo a pasta, todos estão isolados e vão ser acompanhados por 21 dias. Portanto, ao menos até o início de julho.
A DOENÇA
Também conhecida como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença viral transmitida por contato próximo ou íntimo com um infectado, com lesões de pele ou ainda por contato com objetos e tecidos utilizados por infectados.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos tendem a ser leves de modo geral e requerem cuidados, além de observação das lesões nos pacientes.
QUAIS OS SINTOMAS?
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço podem aparecer como os primeiros sintomas. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele. As lesões podem aparecer nas mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
COMO SE PREVENIR?
– Evitar contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado;
– Evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente;
– Higienização das mãos, lavando-as com água e sabão e/ou uso de álcool gel.
VACINA JÁ FOI APLICADA
Aplicada contra a varíola tradicional ou humana, a vacina chamada de smallpox mantinha alguma proteção contra a varíola dos macacos. Segundo o Instituto Butantan, porém, esse imunizante deixou de ser aplicado há anos no páis.
O motivo para a interrupção da imunização, ainda conforme o instituto, é que a varíola humana foi erradicada no início da década de 1980. Com isso, pessoas com idade inferior a 40 anos nunca tiveram a oportunidade de ser imunizadas.
Atualmente, há outra dose contra a varíola humana, indicada também contra a varíola dos macacos. O imunizante é produzido pela farmacêutica Bavária Northean, mas não em larga escala e, portanto, não em quantidade suficiente.
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