Quem olhou para o céu na noite de ontem (17) em Campinas pode observar que a lua estava diferente. Ontem aconteceu um eclipse parcial lunar. O fenômeno teve início a partir das 21h41, com a fase penumbral. O início do eclipse parcial ocorreu às 23h12, e o ápice do fenômeno foi às 23h44.
Desde que não houvesse nuvens na frente da lua, foi possível observar o eclipse simplesmente olhando para o céu. No horário em que se esperava o início do fenômeno visível a olho nu (23h12), a Lua estava bem alta no céu para todo o Brasil, o que facilitou ainda mais a observação.
De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, não foi preciso nenhum equipamento especial para observar o eclipse. “Os observadores puderam olhar diretamente para a lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos.”
Ela destacou que eclipses da lua e eclipses do sol acontecem em sequência. Dessa forma, o próximo eclipse do Sol ocorrerá no dia 2 de outubro.
Eclipse lunar foi transmitido ao vivo
O Observatório Nacional transmitiu ao vivo o eclipse parcial da Lua em seu canal oficial no YouTube .
Segundo Josina Nascimento, um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra escura da Terra.
“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol. Então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra), não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra.”
Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começou a passar pela umbra, o que fez com que uma parte dela escurecesse, e foi possível ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avançou na umbra, ela foi ficando com uma “mordidinha” escura, que foi crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.
“Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explicou Josina.
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