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CotidianoVeja quem são os presidentes de bancos digitais presos em operação da PF em Campinas

Veja quem são os presidentes de bancos digitais presos em operação da PF em Campinas

Operação “Concierge”, da Polícia Federal, foi realizada na manhã desta quarta-feira (28) e cumpriu 77 mandados ao todo

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Dois presidentes de bancos digitais foram presos durante a Operação “Concierge”, da Polícia Federal, realizada nesta quarta-feira (28). Na ação, que envolveu pelo menos 200 policiais federais, foram expedidos 60 mandados de busca e apreensão, e 17 de prisão. Dos mandados de prisão já cumpridos, 13 foram em Campinas. 

Os bancos digitais dos responsáveis presos durante a ação policial operavam irregularmente e eram usados para ocultar dinheiro nas transações. Segundo as investigações, até facções criminosas se beneficiavam do esquema, que movimentou R$ 7,5 bilhões (entenda abaixo).  

A operação foi realizada em 15 cidades, 14 no estado de São Paulo e um em Belo Horizonte (MG). Na região, além de Campinas, os mandados foram cumpridos em Americana, Valinhos e Paulínia.  

Quem são os presidentes de bancos digitais presos na operação da PF?

a foto mostra os dois presidentes dos bancos digitais
José Rodrigues, à esquerda, e Patrick Burnett, à direita. (Foto: Reprodução)

Entre os presos da operação “Concierge” estão o presidente da T10 Bank, José Rodrigues, e também o fundador e CEO do InoveBanco, Patrick Burnet, que ainda é presidente do Lide Inovação. Burnett tem grande influência nas redes sociais.  

As outras prisões aconteceram em Americana, Sorocaba, São Paulo e Ilhabela, no Litoral paulista. Os presos foram levados para a sede da Polícia Federal, em Campinas, e depois seguirão para a Superintendência da PF, na capital paulista.   

Os 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos investigados: as sedes dos bancos digitais, casas e apartamentos em bairros nobres, além de concessionárias de veículos. Alguns carros de luxo foram apreendidos e levados para a sede da PF em Campinas.  

Entenda o esquema investigado pela Polícia Federal  

De acordo com as investigações da Polícia Federal, os criminosos ofereciam contas clandestinas por meio da T10 Bank e a InoveBanco – dois bancos digitais, chamados fintechs, que não tinham autorização para funcionar como bancos digitais.  

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O grupo criminoso anunciava as contas como garantidas porque eram invisíveis ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento. As “contas bolsões” não tem conexão entre remetentes e destinatários e também não ligam os correntistas com os bancos.  

Além das “contas bolsões”, a organização ainda usou máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada para lavar dinheiro e realizar pagamento de atos ilícitos de forma oculta.  

A PF afirma que as fraudes movimentaram R$ 7,5 bilhões e beneficiaram facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas e outras irregularidades.  

Outras determinações pela Justiça Federal   

Além das prisões e apreensões, a Justiça Federal também determinou:  

  • Encerramento das atividades de 194 empresas utilizadas pela organização criminosa;  
  • Suspensão da inscrição de dois advogados junto à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil);  
  • Suspensão do registro de quatro contadores e o bloqueio de R$ 850 milhões.   
O que dizem os bancos?

Em nota enviada ao acidade on, os advogados do Inove Global Group afirmaram que ainda não tiveram acesso integral ao conteúdo da investigação. A empresa também nega veementemente ter relação com os fatos mencionados pelas autoridades policiais e veiculados pela imprensa, e ainda ressalta “total disposição em colaborar com as investigações”.

Por fim, a instituição afirma que é uma empresa de tecnologia ligada a meios de pagamento, e nega ser uma instituição financeira e um banco digital.

A equipe da EPTV também procurou o T10 Bank para ter uma posição sobre o caso, mas não houve retorno até o momento de publicação desta matéria. Assim que isso acontecer, o texto será atualizado.  

*Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas 

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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