Com informações de Tiago Américo/EPTV Campinas
Um vídeo obtido com exclusividade pela EPTV Campinas mostra o momento em que tiros são disparados em direção à fachada da casa noturna Milk no início da madrugada de sábado (18), no Cambuí, em Campinas. Nas imagens, é possível ver o momento em que o atirador coloca a arma pra fora e dispara diversas vezes, atingindo três pessoas. Assista:
Segundo a investigação, a mão que aparece segurando a arma é de Gustavo de Queiroz, de 23 anos. Ele está foragido desde o dia do crime e a Polícia Civil apura se uma briga dentro da boate teria motivado o crime. Em relato feito à EPTV, o gerente do local alegou que o procurado foi expulso após uma confusão com o cantor MC Daniel.
O caso aconteceu no início da manhã do sábado, quando Gustavo deixou o local e teria voltado minutos depois atirando contra a fachada. Os disparos mataram um homem de 26 anos, que foi atingido duas vezes, e feriram duas mulheres, de 22 e 23. O motorista do carro onde o assassino estava, André Cruz, de 25 anos, está preso há três dias.
O que diz o gerente?
Nesta segunda-feira (20), as duas vítimas que seguem internadas após serem baleadas nos pés informaram que viram uma confusão com MC Daniel, mas não souberam dizer se o envolvido era o autor dos tiros fora da balada. A confirmação, no entanto, aconteceu através do responsável pela casa noturna. O homem enviou o posicionamento sobre o caso à produção da EPTV Campinas.
De acordo com o relato do gerente da boate Milk, o homem que fez os disparos tentou subir no palco e o segurança intercedeu. Depois disso, todos no local pediram para que o envolvido fosse retirado do estabelecimento. Expulso, Gustavo fez ameaças e alegou que ia voltar ao local para fazer alguma coisa contra a casa. Minutos depois, voltou com o amigo e realizou os disparos.
Conforme o responsável pela casa noturna, depois que o carro com os dois criminosos deixou a rua em frente à Milk, as mulheres atingidas foram levadas para dentro e o resgate foi acionado. Segundo ele, o professor de educação física, Wellington Fernando Aparecido Mariano, foi colocado no carro pelos próprios amigos para ser encaminhado ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
O homem reconheceu que os funcionários focaram em tentar localizar os criminosos e admite que o atendimento às vítimas foi negativo. No comunicado, ele diz que houve despreparo por parte da segurança e por isso o profissional envolvido foi dispensado. Por fim, alega que ainda não teve contato com as vítimas, pois ele e a equipe priorizaram o apoio para localizar os culpados.
O que diz o cantor?
A assessoria do artista MC Daniel afirmou que objetos foram arremessados no cantor por um homem e que o cantor solicitou aos seguranças que o homem fosse retirado local. “Realmente houve uma situação na boate. MC Daniel não sabe dizer se são as mesmas pessoas que foram retiradas da boate com os que efetuaram os disparos na porta do evento”, justifica a nota oficial sobre o caso.
Nas redes sociais, o funkeiro alegou ter sido atingido por uma rolha de champanhe, lamentou a morte e disse estar à disposição da polícia e da Justiça.
O que diz a investigação?
Morto após ser baleado duas vezes no tórax, Wellington Fernando Aparecido Mariano, de 26 anos, era professor de educação física da rede municipal de Limeira e estava em frente ao local quando foi atingido. Ele foi sepultado no dia 19 em um cemitério da cidade onde trabalhava e morava. Os tiros também atingiram duas mulheres, de 22 e 23 anos, que estavam no mesmo local.
Até o momento, a polícia não acredita que os três baleados tivessem relação com os dois suspeitos, já que a investigação aponta que eles não estariam envolvidos na confusão que teria motivado o ataque na parte externa. O caso é apurado pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Campinas.
Em relato registrado no boletim de ocorrência, o homem preso por dirigir o carro usado no crime teria afirmado à GM (Guarda Municipal) que a arma usada no crime era dele e que ele dirigia o automóvel, enquanto o amigo dava os tiros em direção ao estabelecimento. No depoimento, ele teria alegado ainda que o crime foi motivado pelo fato deles terem sido expulsos da casa noturna.
No relato, o suspeito teria dito que foi agredido por funcionários do estabelecimento e que a pistola 9 milímetros usada no ataque estava guardada no carro, um Corsa Joy, de onde Gustavo de Queiroz fez os disparos da janela, sem descer do automóvel. Ainda de acordo com o suspeito, o foragido estaria com a arma utilizada. O veículo onde eles estavam foi apreendido pela polícia.
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