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CotidianoVídeo mostra mulher abandonando bebê em estacionamento de igreja

Vídeo mostra mulher abandonando bebê em estacionamento de igreja

Recém-nascido foi encontrado na Vila Industrial; imagens mostram mulheres caminhando e uma deixando a criança

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*Com informações de Gustavo Biano/EPTV Campinas*

Câmeras de segurança registraram o momento que um bebê foi abandonado no estacionamento de uma igreja em Campinas. O recém-nascido foi encontrado na noite de domingo (20) na Vila Industrial. Ele foi cuidado por pessoas do templo religioso e entregue para a Guarda Municipal na manhã de ontem (21).

Polícia Civil de Campinas confirmou ainda ontem que instaurou um inquérito e tenta identificar os responsáveis pelo recém-nascido. Os médicos atestaram que o bebê, um menino, tem entre sete e 10 dias de vida, não possui sinais de maus-tratos e está bem nutrido.

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O que as imagens mostram?

Imagens de câmera de segurança registraram a movimentação pela Rua Maria Soares às 19h13. Duas mulheres caminham pela calçada, sendo que uma carregava o bebê no colo, e outra levava uma sacola na mão. Ao passar por um estacionamento a mulher que levava o bebê entra no local, enquanto a outra segue o trajeto. Depois de quase um minuto, a mulher que levava a criança reaparece de mãos vazias e vai embora.


O vídeo será encaminhado para a Polícia Civil, para ajudar a identificar as mulheres e saber se elas têm algum parentesco com a criança e se há mais pessoas envolvidas no crime de abandono.

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O resgate

Após o abandono, o bebê foi encontrado ainda no domingo a noite. O choro da criança chamou a atenção de Jonathan Wallace Silva, membro da igreja.

“Quando eu escutei o choro imaginei que pudesse ser algum vizinho dentro da casa, mas o som não estava abafado, era como se estivesse ao lado literalmente. Então eu falei para a missionária que estava comigo para ir ver o que poderia ser”, contou.

As câmeras também registraram o momento do encontro da criança. A pastora da igreja, Milena Ferreira,  saiu pela rua procurando de onde vinha o choro, e depois volta para o local já com o bebê no colo. Logo em seguida, Jonathan também vai até o estacionamento onde a criança estava e encontra a sacola com as roupinhas.

“Eu fui lá atrás para verificar se tinha alguma documentação e tinha uma sacola de pano com algumas roupas, umas sete fraldas e um lenço umedecido”, acrescentou.


Segundo a pastora, o bebê estava deixado em um canto e enrolado por cobertas. “Era uma criança ali jogada em um cantinho de uma parede, ao lado de um carro, enrolado em uma coberta e chorando. Praticamente pedindo socorro, e foi amado e abraçado naquele momento”, disse.

Cuidado durante a noite

O menino foi levado para a casa de Milena, que cuidou da criança durante a noite e acionou a Guarda Municipal no dia seguinte.

“Ele precisava de cuidados, de alimentação, banho, higienização, e aí a gente procurou aconselhamento de advogado, psicólogo e Conselho Tutelar, que aconselhou a gente a acionar a Guarda Municipal, que faz o resgate de crianças para poder fazer todo o trâmite legal para a criança receber um abrigo e uma família”, afirmou a pastora.

Equipes da GM foram até a casa na manhã de ontem e resgataram a criança, que foi encaminhada para a Maternidade Campinas para passar por exames.

Saúde

Segundo o guarda municipal Daniel Janes,  o bebê passou por avaliação e está saudável.

“Eles (os médicos) falaram que é uma criança aparentemente muito saudável, não tem marca de violência, não aparenta estar desnutrida, não aparenta ter passado por nenhuma situação que atente contra a saúde dele, o peso está bom, tamanho bom”, disse.

Emocionado, o agente conta que o resgate marcou toda equipe. “É uma coisa que a gente leva para sempre, é um misto de tristeza pelo abandono da criança e felicidade por ela estar bem. Porque ela poderia ter sido encontrada por um animal, uma pessoa má intencionada, então ficamos felizes que ele está bem e bem cuidado”, disse.

O que acontece agora?

O futuro do bebê ainda vai depender das investigações sobre o caso. Até o momento, não há informações sobre a mãe da criança. Pelo processo legal, familiares do bebê, caso sejam identificados, têm prioridade para a guarda. Caso ninguém seja encontrado, o bebê deve seguir para a fila de adoção.

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