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EconomiaBNDES torna permanente crédito para cadeia de fornecedores lançado em 2020

BNDES torna permanente crédito para cadeia de fornecedores lançado em 2020

Linha foi lançada em 2020, em meio às medidas para mitigar a crise causada pela covid-19

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BNDES (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
BNDES (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Por Vinicius Neder
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tornou permanente uma linha de crédito para financiar a cadeia de fornecedores de grandes empresas, lançada em junho de 2020, em meio às medidas para mitigar a crise causada pela covid-19. 

Rebatizada de BNDES Crédito Cadeias Produtivas, a linha permite que as grandes companhias contratantes compartilhem o risco com seus fornecedores, permitindo que eles, geralmente firmas de menor porte, tenham acesso a empréstimos com taxas menores. As grandes funcionam como “âncoras” das operações.

“A empresa âncora contrata o crédito direto com o BNDES e atua como repassadora de recursos para as micro, pequenas e médias empresas de sua cadeia (ancoradas), porém sem auferir lucros ou se remunerar pelo risco, o que lhes confere acesso a um crédito com taxa de juros mais atrativa”, explica o BNDES, em nota divulgada nesta quarta-feira.

O valor mínimo de cada operação com as empresas âncoras é de R$ 20 milhões, mas não há limites para o financiamento de cada fornecedor. A taxa do empréstimo é formado pela TLP (a taxa básica do BNDES, que acompanha as taxas dos títulos públicos) ou a Selic (a taxa básica de juros), mais uma taxa de remuneração de 1,1% ao ano e o “spread” de risco da empresa âncora. O prazo máximo é de 60 meses, com até 24 meses de carência. Empresas de um mesmo grupo não podem ser âncora e ancoradas.

“Sem restrição quanto ao setor elegível e considerando a sua natureza de capital de giro, o BNDES Crédito Cadeias Produtivas se mostra interessante, tanto para os setores que já vislumbram uma retomada econômica e precisam investir, quanto para os que se defrontam com o alongamento dos efeitos da pandemia e passam por restrição de liquidez, evitando, assim, tanto eventuais gargalos no crescimento da cadeia nos períodos de retomada quanto o risco de desmantelamento dos elos menores nos períodos de crise”, diz a nota do BNDES.

Quando foi lançada como medida emergencial ainda no início da pandemia, a linha de crédito tinha orçamento de R$ 2 bilhões. Desde então, foram fechadas quatro operações. Segundo o BNDES, até março de 2022, essas operações desembolsaram R$ 203 milhões, repassados para 157 ancoradas, cumprindo o “efeito multiplicador” da medida.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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