A conta de luz deve ficar mais cara durante todo o ano. A falta de chuva na região sudeste e centro-oeste do Brasil fez com que os níveis dos principais reservatórios de água caíssem para 33%. A meteorologia aponta que nos próximos meses não haverá chuvas significativas (com mais de 10 mm), e que possam reabastecer as barragens.
Com os reservatórios em baixa e sem previsão de chuva, a perspectiva de produção de energia elétrica fique mais cara pelo resto do ano. Como resultado disso, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que a bandeira tarifária acionada para o mês de maio é a vermelha patamar 1, com custo de R$ 4,169 para cada 100kWh consumidos.
Ainda segundo a Aneel, a falta de chuva sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto de prazo.
“A gente já esperava que não chovesse muito, mas choveu ainda menos do que a gente achava que iria chover. Então a gente entrou agora em um período seco, e até outubro é um período crítico, onde não chove o suficiente ou não chove nos locais que precisam chover”, explica o diretor-presidente da Associação Brasileira das Companhias de Energia, Alexei Vivan.
Com o acionamento da bandeira vermelha, a agência destaca que é importante reforçar aos consumidores ações relacionadas ao uso consciente e ao combate ao desperdício de energia.
No dia 28 de maio, a agência promove uma reunião para decidir se a bandeira permanece no patamar 1 ou se avança para o patamar 2 – mais cara seis centavos. Há ainda a possibilidade de o valor de cada bandeira ficar ainda mais cara, para compensar a suspensão realizada ano passado, em virtude da pandemia.