Os preços dos laticínios subiram, em média, 15,52% nos últimos 12 meses, segundo a inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10), que integra o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
No período de julho de 2021 a junho de 2022, o recordista de aumentos da categoria foi o leite tipo longa vida, com uma alta de 20,97% no período, seguido pelo requeijão (20,83%) e pelo iogurte (15,43%).
De acordo com Matheus Peçanha, pesquisador do Ibre/FGV, o clima prejudicou a pastagem e deixou a semente forrageira mais cara, mas também houve aumento no custo da ração através da elevação nas cotações da soja e do milho.
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“Não podemos esquecer dos custos paralelos que impactam no preço, como a e energia elétrica e o diesel, que tem consequências no frete e o problema da escassez de fertilizantes. Esses custos mais caros, reduziram a lucratividade do setor, provocando desinvestimento. A queda de produtividade pelos custos mais caros, somado ao desinvestimento. gerou uma redução severa na produção final. Desta forma, com menos produção, o preço final fica mais caro”, justificou o economista do Ibre/FGV, em nota oficial.
Os aumentos de preços em 12 meses para os demais laticínios investigados foram de 14,45% para o queijo muçarela; 13,03% no queijo minas; 12,44% no queijo prato; 11,37% na manteiga; 10,56% no sorvete e picolé; 10,39% em bebidas lácteas; 8,48% no leite condensado; e 7,09% no leite em pó.
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