No primeiro semestre deste ano, o número de automóveis emplacados totalizou 733.442 unidades, o que representa um aumento de 7,37% em relação à primeira metade de 2022, de acordo com dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), associação que representa as concessionárias de automóveis.
No mês de junho, em comparação com maio, houve um crescimento de 11,41% nos emplacamentos de automóveis, passando de 127.478 para 142.017 unidades. Ao comparar os resultados de junho de 2023 com o mesmo período do ano anterior, também foi constatado um aumento de 6,33%.
No entanto, o levantamento da Fenabrave apontou duas quedas significativas em junho de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior. O emplacamento de caminhões apresentou uma queda de 28,86%, enquanto o segmento de caminhões e ônibus registrou uma queda de 21,84%.
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Por outro lado, os emplacamentos de comerciais leves e motocicletas apresentaram variação positiva de 18,19% e 16,09%, respectivamente, quando comparados com junho de 2022.
O presidente da Fenabrave, Andreta Júnior, destacou que o incentivo do governo federal contribuiu para o bom desempenho do setor de automóveis, mas ressaltou a necessidade de medidas mais amplas para sustentar esse crescimento. A entidade pretende apresentar ao governo uma proposta nesse sentido em breve.
Fenabrave diz que incentivo a carros foi um sucesso e pede sequência
A direção da Fenabrave, considerou “muito positivo” o impacto no mercado dos descontos patrocinados pelo governo. Hoje, durante a apresentação das vendas de veículos de junho, o presidente da entidade, José Maurício Andreta Júnior, ressaltou diversas vezes que, após um período de paradas de fábricas e estoques elevados, o programa fez o coração do setor voltar a bater. Ele ponderou, no entanto, que o “trabalho precisa ter sequência”.
A área técnica da entidade está preparando uma nova proposta para levar em breve ao governo. O objetivo, disse Andreta Júnior, é um programa que seja bom para todos – ou seja, que estimule o mercado, preserve a arrecadação do governo pelo aumento de volume e reduza as emissões com a renovação da frota.
“Queremos venda ao consumidor final, que perdeu poder aquisitivo”, declarou o presidente da Fenabrave.
Segundo o executivo, como existe uma defasagem entre a venda e a entrega do automóvel e os estoques na rede ainda têm muitos carros com os bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil autorizados pelo governo, as estatísticas de julho devem refletir ainda os efeitos do programa.
Assim, a tendência, frisou, é de um pico de vendas neste mês. Andreta Júnior sublinhou que a projeção da Fenabrave de manutenção, em 2023, das vendas do ano passado – leve alta de 0,1% – só não foi revista para uma queda em razão do “sucesso” da medida do governo.
Já em relação aos créditos autorizados para descontos na troca de caminhões com mais de 20 anos de uso, pouco usados até agora, a avaliação é a de que o programa não deslanchou por conta do contexto de desempenho fraco da economia, com exceção do agronegócio, juros altos, com condições de financiamento desfavoráveis, e aumento, na média de 20%, na nova linha de veículos de carga.
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