A procura por celulares usados cresceu 50% em lojas de Campinas. O aumento apurado pela EPTV Campinas comprova que a opção é atrativa para os consumidores que não podem, ou não querem pagar tanto por um modelo novo. Os economistas alertam que essa tendência deve se manter (veja mais abaixo).
Em um estabelecimento da cidade onde a procura por aparelhos usados ou seminovos cresceu entre 30% e 40% nos últimos meses, novas estratégias de venda foram adotadas para suprir a demanda. Entre elas, segundo a comerciante Christiane Fernandes, o envolvimento dos telefones anteriores.
“A gente acaba até usando o que a gente chama de recompra, quando o cliente usa o aparelho usado como parte do pagamento do seminovo. É uma maneira da pessoa ficar com modelos mais recentes investindo 60% do valor”, afirma.
Os aparelhos usados na troca são testados, reparados, higienizados e colocados à venda. Só nesse último mês foram vendidos mais de 30 celulares seminovos.
Em outros locais consultados pela produção EPTV Campinas, a mesma medida foi adotada, já que a procura cresceu até 50%. A loja de Yan Turatto também teve que se adaptar. “Meu foco era na assistência. Aí, com o passar do tempo, a gente percebeu que a procura por seminovos e usados era grande né?”, relata.
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NECESSIDADE E ECONOMIA
Matheus Salles conta que estava querendo um modelo mais novo. Para isso, porém, pesquisou e encontrou uma loja onde conseguiu fazer isso economizando quase R$ 1,5 mil em relação ao que pagaria por um novo. “O meu já estava antigo e deu vontade de trocar. O preço do novo estava bom”, explica.
O economista e professor da Facamp (Faculdades de Campinas), Saulo Abouchedid, diz que os fatores que causaram a mudança nos perfis de compra e venda dos aparelhos tem relação direta com a renda das famílias e o preço dos componentes. E o mercado deve permanecer aquecido por um bom tempo.
“Os componentes dos celulares tiveram um aumento significativo nos últimos meses e isso acabou afetando o preço dos celulares novos. O outro fator é a deterioração da renda das famílias. E é difícil prever uma mudança até o final do ano, porque o aumento dos componentes é global”, esclarece o especialista.
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