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PolíticaBolsonaro veta projeto que inclui atividades práticas no campo no ensino rural

Bolsonaro veta projeto que inclui atividades práticas no campo no ensino rural

Um dos principais objetivos de projeto vetado por Bolsonaro seria humanizar educação voltada à valorização do modo de vida rural

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Presidente Jair Bolsonaro em Cúpula do BRICS (Foto: Alan Santos/PR)

 

O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta quinta-feira (23) projeto de lei que institui “pedagogia da alternância” nas escolas do campo.  

A proposta sugeria que estudantes que residem na zona rural teriam seus meses divididos entre aulas teóricas, na sala de aula, e práticas, com atividades no campo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.

Conforme a justificativa do PL (nº 184, de 2017), um dos principais objetivos seria humanizar uma educação voltada à valorização do modo de vida rural. No entanto, o chefe do Executivo decidiu vetar o projeto por “inconstitucionalidade e por contrariedade ao interesse público”, alegou.

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Em um trecho da proposta, o deputado Helder Salomão (PT-ES), autor do texto, defendeu a inserção de “conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos das escolas do campo”. O projeto também previa a inclusão da metodologia na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). 

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Bolsonaro, por sua vez, afirmou que o Ministério da Educação foi consultado e avaliou como inconstitucional por “substituir a expressão ‘escolas rurais’ pela expressão ‘escolas do campo’, de sentido mais restrito”. De acordo com a pasta, o termo poderia restringir o acesso de outras modalidades, como “de educação escolar indígena e de educação escolar quilombola”.

Em 2018, 270 instituições utilizavam o modelo de “pedagogia da alternância”, alcançando aproximadamente 17 mil estudantes, como informou o relator do projeto no Senado, o ex-senador Pedro Chaves (MS). Para o parlamentar, a proposta poderia proporcionar um ensino menos “engessado”.

Os dados são da Unefab (União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil) e das Arcafar (Associações Regionais das Casas Familiares Rurais).

Apesar disso, o Ministério da Educação discordou das justificativas e afirmou que o PL “retira a possibilidade de outras modalidades de educação, que possuem diretrizes curriculares próprias, utilizarem seus conteúdos curriculares”, disse. Além disso, a metodologia “afronta o princípio da isonomia, pois restringe o público-alvo a ser contemplado”, alegou.

A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados no início de junho.

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