- Publicidade -
PolíticaPrefeito de Campinas avalia ir à Justiça para evitar redução de R$ 15 bi em repasse da Saúde

Prefeito de Campinas avalia ir à Justiça para evitar redução de R$ 15 bi em repasse da Saúde

Dário Saadi (Republicanos) é vice-presidente de Saúde da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), e estuda medidas judiciais para impedir corte de verbas

- Publicidade -

O prefeito de Campinas e vice-presidente da área de saúde da FNP (Frente Nacional dos Prefeitos), Dário Saadi (Republicanos), informou nesta terça-feira (10), que está avaliando medidas judiciais para garantir os recursos da Saúde e impedir a redução de R$ 15,2 bilhões de repasses da Saúde federal através do SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com a Administração municipal, com a revogação do teto de gastos (EC 95/2016) e a vigência da nova regra fiscal (LC 200/2023), o piso constitucional da saúde voltaria a ser calculado com base na EC 86/2015, com mínimo da saúde de 15% da Receita Corrente Líquida – RCL apurada no exercício financeiro.

- Publicidade -

Entretanto, o Congresso Nacional aprovou o PLP 136/2023, que altera a base de cálculo do piso da saúde para 15% da RCL projetada na LOA de 2023. Essa mudança poderá resultar em redução de R$ 15,2 bilhões para a saúde pública, “penalizando ainda mais os municípios brasileiros, que já financiam a maior parte do sistema público de saúde”, informou a Prefeitura por meio de nota.

“A medida é danosa para o atendimento à Saúde porque transfere cada vez mais responsabilidade do governo federal aos municípios. Campinas, por exemplo, assume 70% dos gastos em Saúde. É hipocrisia defender o SUS no discurso e não destinar dinheiro para custeá-lo”, afirmou o prefeito.

Pedido de consulta

A Prefeitura ainda salientou que, neste momento, está em avaliação no TCU (Tribunal de Contas da União) o pedido de consulta do Ministério da Fazenda sobre os critérios para o cumprimento da legislação.

Em resposta, a unidade técnica do Tribunal indicou que os pisos mínimos constitucionais, da União, nos moldes da EC 86/2015, para as áreas de saúde e educação, em razão do princípio da anualidade, somente precisam ser cumpridos a partir de 2024.

Recursos municipais

De acordo com dados do anuário MultiCidades 2023, no financiamento da despesa municipal com saúde, a parcela dos recursos das prefeituras, de 53,8%, voltou a superar a das transferências da União e dos estados, de 44,4%.

- Publicidade -

Entre 2009 e 2019, por exemplo, a participação municipal na execução dos gastos em saúde passou de 46% a 50% do total do gasto público na área. Ainda que Constituição preveja a destinação mínima de 15% da receita própria dos municípios ao SUS, historicamente há investimentos muito superiores.

“O Governo Federal já indicou que irá adotar, em 2023, 15% da RCL projetada na LOA, correspondendo a R$ 172,8 bilhões, dadas as circunstâncias específicas de mudança de regra fiscal. Caso considerasse o retorno imediato da EC 86/2015, o piso seria de 15% da RCL apurada do exercício, totalizando o valor de R$ 188 bilhões. A destinação de recursos insuficientes para a saúde pública prejudica diretamente a vida e o bem-estar de milhões de brasileiros”, informou a FNP, em nota.

Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.

Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link: bit.ly/3B6gn53

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294


LEIA MAIS

Câmara retoma discussão sobre projeto que impede casamentos entre pessoas do mesmo sexo

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -