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PolíticaRandolfe pede que novo chefe da PF não troque diretoria que investiga Bolsonaro

Randolfe pede que novo chefe da PF não troque diretoria que investiga Bolsonaro

Avaliação entre a classe é que falta estabilidade

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Senador Randolfe Rodrigues (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Por Rayssa Motta
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu nesta quinta-feira (3) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que proíba o novo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, de trocar delegados responsáveis por diretorias estratégicas até a conclusão dos inquéritos já iniciados contra autoridades com foro privilegiado.

O objetivo, segundo a representação enviada ao STF, é impedir que as substituições ocorram em efeito dominó e comprometam investigações em curso.

“Com a troca da alta cúpula da corporação, almeja-se obstruir as investigações em curso que envolvem o Presidente da República e seus familiares”, acusa o senador.

O pedido é para blindar a Dicor (Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado), que abriga sobre o seu guarda-chuva dois dos setores mais sensíveis da corporação: o que cuida de inquéritos contra políticos e autoridades e o que investiga casos de corrupção. Randolfe também sugere o veto a eventuais trocas na DIP (Diretoria de Inteligência Policial) e em órgãos subordinados.

“A PF não é uma extensão do cercadinho do Presidente da República: trata-se de um órgão de Estado, estratégico para o devido funcionamento das instituições republicanas, cujas atribuições não podem ser violadas ao bel-prazer ou para atender caprichos e interesses particulares do governante de plantão”, diz outro trecho da representação enviada ao STF.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou pela quarta vez o diretor-geral da Polícia Federal. Desde que assumiu o governo, passaram pelo cargo os delegados Maurício Valeixo, Alexandre Ramagem, Rolando de Souza, Paulo Maiurino e o atual titular, Márcio Nunes.

Cada substituição amplia o desgaste interno. Isso porque as mudanças no comando da corporação costumam trazer trocas adicionais a reboque: os diretores-gerais assumem com a perspectiva de montar equipes próprias. A avaliação entre a classe é que falta estabilidade para o trabalho.

O próprio presidente responde a diversas investigações a cargo da PF, inclusive por suspeita de tentar interferir politicamente na corporação para blindar aliados, como denunciou o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, hoje cotado como pré-candidato ao Planalto, ao deixar o governo.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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