Por Redação, O Estado de S.Paulo
O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) estão empatados na disputa pelo governo paulista. Segundo pesquisa IPESPE divulgada nesta sexta-feira (18), ambos aparecem com 20% de intenções de voto no levantamento estimulado. Sem Alckmin, porém, Haddad fica isolado à frente da corrida, com 28%, seguido por Márcio França (PSB), com 18%.
Hoje, a formalização de uma chapa liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Alckmin na vaga de vice é dada como certa no mundo político. Neste cenário, o ex-tucano tem convites para se filiar ao PSB, Solidariedade e PV. Mesmo diante de um provável acordo entre PT e PSB em torno de Lula, Haddad e França já anunciaram manter suas pré-candidaturas.
Assim, atrás de Haddad (28%) e França (18%) aparecem Guilherme Boulos (PSOL), com 11%, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, candidato do presidente Jair Bolsonaro no Estado, com 10%, e o atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB) com 5%. O tucano deve assumir o governo em abril, no lugar de João Doria, que é pré-candidato do PSDB à Presidência.
O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, aparece com 2%, seguido do deputado federal Vinícius Poit com 1%.
FEDERAÇÃO
Apesar de afirmarem hoje manter suas pré-candidaturas, Haddad e França podem ser obrigados a mudar os planos caso PT e PSB avancem na construção de uma federação partidária. O acordo em torno de Lula entre PT e PSB não depende de compor uma federação (as coligações seguem permitidas nas eleições majoritárias), mas ambas as siglas ainda negociam uma federação com PCdoB e PV. Neste caso, todas as siglas têm de seguir juntas, com um único candidato ao governo. O Ipespe testou cenários com Haddad e França como concorrentes dessa federação.
Com o ex-prefeito como candidato (sem Alckmin e França) Haddad alcança 33% das intenções de voto, seguido por 16% de Tarcísio de Freitas e 7% de Rodrigo Garcia (PSDB). Brancos e Nulos são 39% e os que não sabem ou não responderam são 6%.
Com França como nome escolhido pelas siglas, o levantamento mostra que ele teria 31% das intenções, contra 15% de Tarcísio e 6% de Garcia. Brancos e nulos são 40% e não sabem ou não quiseram responder são 8%.
A pesquisa também avaliou o atual governo de João Doria. Para 38% dos entrevistados, o tucano tem feito um trabalho regular, enquanto 36% considera ruim ou péssimo, 24% como ótimo ou bom e 2% não soube resolver. A atuação no enfrentamento ao coronavírus, entretanto, apresentou uma melhor situação para o governador paulista: 45% avalia como ótimo ou bom, 30% como regular, 23% como ruim ou péssimo e 2% não respondeu.
Contratado pela XP Investimentos, o instituto fez mil entrevistas de abrangência nacional nos dias 14, 15 e 16 de janeiro. A pesquisa está registrada no TSE sob os protocolos BR-08006/2022 e SP-03574/2022. /Natália Santos, Giordanna Neves e Matheus de Souza