Com informações da Agência Estado
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, se reuniu, em São Paulo, com o economista Marcio Pochmann, indicado pelo governo para assumir a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O encontro não estava previsto na agenda oficial da ministra para o dia de hoje.
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do ministério, Tebet e Pochmann conversaram a respeito de preocupações comuns sobre a acelerada mudança demográfica brasileira revelada pelo Censo 2022 e os desafios que ela impõe para o futuro do Brasil. Também discutiram sobre uma agenda inicial de trabalho para o IBGE, que, segundo a Pasta, passa pela “escuta dos funcionários do órgão”.
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A indicação de Pochmann para o cargo foi confirmada na semana passada pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. Segundo o Planejamento, a posse do economista no cargo será marcada para depois da divulgação do censo indígena, previsto para acontecer em 7 de agosto, em Belém (PA).
Repercussão
A confirmação do nome do economista Marcio Pochmann para presidir o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada movimentou o governo e o cenário político. Alvo de resistência, a escolha foi apoiada pelo diretório do PT em Campinas. “A vida acadêmica e profissional de Márcio demonstra que será um grande acerto”, justificou em nota.
O professor e economista substituirá Cimar Azeredo, funcionário de carreira, ex-diretor de Pesquisas do IBGE e que atuava de forma interina desde 3 de janeiro. “O Marcio Pochmann vai ser o novo presidente do IBGE e não tem nenhum ruído quanto a isso”, disse Pimenta.
Quem é?
Figura ligada ao PT, Pochmann presidiu o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo (fundação do PT voltada a estudos, debates e pesquisas). De 2007 a 2012, comandou o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Em 2012 e 2016, disputou a prefeitura de Campinas, mas perdeu. Em 2018, coordenou o programa econômico do então presidenciável Fernando Haddad.
No fim do ano passado, após a eleição de Lula, fez parte da equipe de transição. Membro da corrente de economistas ligada à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), caracterizada pela defesa do desenvolvimentismo e da indústria nacional, Marcio Pochmann acumula em sua trajetória várias pesquisas nas áreas de desenvolvimento, políticas públicas e relações de trabalho.
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