A cobertura vacinal contra a poliomielite, em Campinas, está abaixo da meta estabelecida pela secretaria Municipal de Saúde, que é de 95%. Até este sábado (12), apenas 68,2% do público alvo estava imunizado contra a doença. A baixa procura pela vacinação é um dos motivos que fez com que o Ministério da Saúde colocasse a cidade na lista, composta por cerca de 80% dos municípios do país, com “risco muito alto ou alto para a reintrodução da poliomielite”.
Em entrevista à EPTV Campinas, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, Daiane Morato, reforçou que com a imunização de 95% das crianças de até cinco anos de idade, o risco de circulação do vírus da pólio é praticamente eliminado. “Se a cada 10 crianças, três não estiverem completamente imunizadas, aumenta muito o risco da volta da pólio”, acrescenta Daiane.
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Ainda segundo ela, outros motivos deixam Campinas mais vulnerável para a reintrodução do vírus:
- Alta circulação de pessoas de vários lugares do mundo no Aeroporto Internacional de Viracopos
- Alta circulação de pessoas de várias regiões do país por causa da importante malha viária da região
- Alta circulação de pessoas por ser um pólo industrial, comercial, universitário e de pesquisa
SEQUELAS
A Poliomielite é uma doença sem cura que pode deixar graves sequelas nas crianças contaminadas. Confira os principais problemas que podem ser causados pela doença provocada pelo poliovírus:
- Vírus atinge a medula e o cérebro, podendo comprometer a parte motora da criança
- Pode afetar os pés, criando dificuldades para a criança andar, já que o calcanhar não consegue mais alcançar o solo.
- As pernas podem crescer de forma desigual, deixando o doente mancando e provocando desvios na coluna
- A criança pode ter paralisia nas pernas e nos músculos da fala e da deglutição
- Pode provocar dores nas articulações e osteoporose
ESQUEMA VACINAL
Todas crianças com idade entre 2 meses e 5 anos devem tomar cinco doses da vacina contra a poliomilete:
- Aos 2 meses – vacina injetável
- Aos 4 meses – vacina injetável
- Aos 6 meses – vacina injetável
- Aos 15 meses (1 ano e 3 meses) – vacina oral
- Aos 4 anos – vacina oral
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