Começa a funcionar nesta segunda-feira (22), em Piracicaba, o Centro de Testagem da Varíola dos Macacos. A iniciativa pioneira pretende identificar com rapidez os casos da doença na cidade, começando o bloqueio de transmissão de maneira mais eficiente.
O centro deve ser a principal porta de entrada para receber pacientes com sintomas de Monkeypox e os testes devem ser realizados no Centro de Referência da Atenção Básica Vila Cristina. O horário de atendimento é das 17h às 20h30.
De acordo com a coordenadora do Departamento de Atenção Básica de Saúde de Piracicaba, Tatiana Bonini, o centro vai monitorar também as pessoas com quem o paciente contaminado teve contato. Ela ressalta que o isolamento é necessário para quem está com a doença.
“Estando suspeito e coletando as lesões, a pessoa é colocada em isolamento. A doença demora entre 14 e 21 dias para ser curada. O paciente só deve sair do isolamento com o desaparecimento total das lesões”, pontua.
Quem estiver com os sintomas da doença deve procurar o centro. O principal sinal da varíola dos macacos é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Veja outros sintomas:
- Caroço no pescoço, axila e virilhas
- Febre
- Dor de cabeça
- Calafrios
- Cansaço
- Dores musculares
PROFISSIONAIS CAPACITADOS
De acordo com a secretaria de Saúde de Piracicaba, a cidade tem cerca de 240 profissionais capacitados para identificar os casos suspeitos de varíola dos Macacos. O treinamento foi feito com enfermeiros, ginecologistas, clínico geral, pediatras e dentistas.
Piracicaba tem oito casos confirmados da doença, entre os pacientes está uma criança de um ano de idade. Cerca de 20 pessoas com suspeita da enfermidade aguardam resultados de exames.
ESTADO E REGIÃO
O Estado de São Paulo chegou, nesta segunda-feira, a 2.506 casos confirmados de varíola dos macacos, 227 registros a mais em relação ao último balanço, divulgado na quinta-feira (18).
Segundo o levantamento, Campinas tem mais casos que Guarulhos, que soma 42 registros da doença, e a mesma quantidade de Osasco.
No estado, as outras duas cidades com maior número de casos de infecções são Santo André, com 47 casos e capital, que lidera com folga, com 1.868 casos.
Com a atualização de hoje, na região de Campinas já são 66 notificações da doença, veja os números atualizados:
• Americana – 3
• Amparo – 1
• Campinas – 43
• Hortolândia – 1
• Indaiatuba – 2
• Jaguariúna – 2
• Nova Odessa -1
• Paulínia – 3
• Santa Bárbara d’Oeste – 3
• Sumaré – 3
• Valinhos – 2
• Vinhedo – 2
PREVENÇÃO
• Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele
• Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença
• Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel
• Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais
• Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes
Vale lembrar que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos, segundo o governo de SP.