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vacinasCovid-19: veja diferenças entre vacinas aprovadas no Brasil

Covid-19: veja diferenças entre vacinas aprovadas no Brasil

CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen são seguras, mas foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testes distintos; Covaxin passará por estudos clínicos

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Centro de vacinação em Campinas. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campinas)

Desde o início da vacinação no Brasil, quatro vacinas contra a doença já receberam autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso no Brasil: a CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. Há ainda a vacina indiana Covaxin, aprovada recentemente para estudos clínicos no Brasil – inclusive com moradores de Campinas (leia mais aqui).

Das vacinas já aprovadas para aplicação, somente a Janssen não está sendo utilizada no PNI (Programa Nacional de Imunizações) até o momento. De acordo com o Instituto Butantan, houve rigor científico nos testes e dados que comprovaram a segurança e eficácia de todas elas, mas comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor pode levar a conclusões enganosas. 

Isso porque, os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes. Confira:  

CORONAVAC
 
A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica.  

Os ensaios clínicos da CoronaVac no Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde, ou seja, pessoas com alta exposição ao vírus. Foram 12,5 mil pessoas voluntárias.  

A eficácia global pode chegar a 62,3% se o intervalo entre as duas doses for igual ou superior a 21 dias. Nos casos que requerem assistência médica a eficácia pode variar entre 83,7% e 100%.  

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O intervalo das doses varia de 14 a 28 dias, e o imunizante deve ser armazenado em temperatura de 2 a 8ºC.  

ASTRAZENECA
 
Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral, e 10 mil pessoas foram voluntárias nos ensaios clínicos. 

O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. Ela pode ser armazenada em temperatura de 2 a 8ºC. 

A eficácia global pode chegar a 76% após a primeira dose e 81% após a segunda. O intervalo das doses é de 12 semanas.  

PFIZER 

O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune. 

A eficácia global pode chegar a 95% após a segunda dose, e ela deve ser administrada com intervalo de até 12 semanas após a primeira dose. Foram 2 mil pessoas voluntárias nos ensaios clínicos.  

Pode ser armazenada por até cinco dias em temperaturas de 2 a 8°C; entre -25 e -15ºC por até duas semanas e entre -90 e -60ºC após este período.  

JANSSEN
 
Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose, mas ainda não está disponível no Brasil. Assim como o imunizante da Astrazeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos.  

O imunizante tem 66,9% de eficácia para casos leves e moderados, e 76,7% contra casos graves 14 dias após a aplicação. Foi testado em 7,5 mil pessoas e pode ser armazenado em temperatura de 2 a 8ºC. 

COVAXIN
 
A Covaxin é uma vacina de vírus inativado  assim como a CoronaVac. Na Índia, país onde ela foi desenvolvida, a vacina apresentou eficácia geral de 78% nos casos sintomáticos e de 100% em casos graves, segundo dados divulgados pela Bharat Biotech e pelo Conselho de Pesquisa Médica da Índia. 

Os dados fazem parte da segunda análise provisória de testes clínicos de fase 3. A primeira análise provisória foi feita em março deste ano e apresentou eficácia de 81%. Os resultados de segurança e eficácia da análise final estarão disponíveis em junho. 

No Brasil, a Anvisa aprovou os estudos cínicos de fase 3 da vacina indiana, que será testada em 4,5 mil pessoas no país, a partir da segunda quinzena de junho. O imunizante será aplicado em duas doses, com intervalo de 28 dias.  

Em Campinas, o Ipecc (Instituto de Pesquisa Clínica de Campinas) abriu nesta sexta-feira (28) o cadastro para voluntários com idades entre 18 e 45 anos interessados em participar de estudo (leia mais aqui).

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