Os médicos do HC-RP (Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto) alertam para o crescimento do número de crianças internadas por complicações causadas pelo novo coronavírus (covid-19).
Por isso, nesta quinta-feira (10) os profissionais se posicionaram favoravelmente à vacinação de crianças e adolescentes, como forma de evitar novos casos. O documento foi apresentado pelos médicos pediatras Ana Paula Carlotti e Sonir Antonini.
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Os especialistas, que fazem parte do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), informaram que na primeira semana do ano, seis crianças estavam internadas por complicações causadas pela covid. Já nesta quinta, o número saltou para 12 pacientes.
Apenas neste ano, 62 pessoas com idades entre 0 e 14 anos precisaram ser hospitalizadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto por conta da covid-19. O pico aconteceu no final de janeiro, quando mais de 20 crianças passaram pelos leitos de internação do HC-RP.
“Dados oficiais obtidos dos Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde vêm mostrando claramente que a doença que está acometendo crianças e adolescentes 3 a 17 anos é muito preocupante, com taxas de letalidade e de mortalidade superiores às documentadas por países europeus ou da América do Norte”, afirmam os especialistas.
Os médicos falaram sobre a necessidade da vacinação contra o novo coronavírus nesta faixa de idade, já que os imunizantes contra covid-19 disponíveis no Brasil tiveram comprovação de eficiência e segurança pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Desta forma, a ideia de que as vacinas contra covid-19 são experimentais não procede”, escrevem no texto. “[…] o efeito benéfico das vacinas em uso pode ser claramente comprovado pela expressiva diminuição do número de hospitalizações por casos graves e óbitos, mesmo frente ao aumento de casos associados à nova variante Ômicron”.
Os especialistas ainda dizem que não existe documentação que comprove a morte de crianças ou adolescentes em decorrência da vacina. A íntegra do texto publicado pelos médicos do HC-RP pode ser conferida clicando aqui.