Atualizada às 12h35
A Polícia Civil de Ribeirão Preto mudou o rumo das investigações sobre a morte da bebê Sophia Vitória Olivieiro Ramalho, de três meses, ocorrida na última sexta-feira (15), e passou a tratar o caso como homicídio. Inicialmente, o boletim de ocorrência (BO) havia sido registrado como morte suspeita.
A delegada Patrícia de Mariane Buldo, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), disse nesta quarta-feira (26), durante entrevista à CBN Ribeirão, que descartou a possibilidade de ter havido um acidente. O padrasto da criança, Jefferson Brendo Ramalho Cardoso, de 25 anos, está preso temporariamente suspeito do crime, depois de se apresentar nesta terça-feira (26).
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“O BO, a princípio, foi registrado como morte suspeita. Mas, diante da prova técnica, do laudo de IML [Instituto Médico Legal], se confirmou sem a possiblidade de ter havido um acidente. Foi uma morte violenta e cruel, conforme está no laudo. Tem lesão na cabeça, no tórax e no abdômen, inclusive com rompimento de órgãos”, afirmou a delegada.
De acordo com o BO registrado pela mãe da menina, a bebê foi encontrada sem sinais vitais quando a mulher chegou à casa da família, no Planalto Verde, após o trabalho. A criança havia sido deixada com Cardoso, que dormia naquele momento.
Ao se apresentar à polícia, o padrasto alegou ser inocente e contou a versão de queda acidental da menina durante o banho.
“Ela escorregou do meu braço na hora que eu estava dando banho nela. Ela chorou, eu peguei ela na mão e troquei. Vi a cabecinha, não inchou, não teve sangramento. Dei mamadeira para ela, ela engasgou um pouco, soprei a moleirinha dela e ela voltou”, declarou o jovem.
A delegada Patrícia Buldo contou que chegou a confrontar com a prova pericial, mas Cardoso manteve a versão de acidente.
A delegada também afirmou que mãe da menina ainda deverá ser ouvida no decorrer das investigações.
“Tudo indica que ela chegou do trabalho e encontrou a criança deitada e, hora que foi verificar, já estava desfalecida ou morta. É o que a gente tem por hora, mas nós vamos fazer mais apurações nessa linha, se teve participação da mãe ou de outra pessoa”, disse.
O advogado de defesa de Cardoso, Wesley Felipe Rodrigues, afirmou que pediria um habeas corpus em favor de seu cliente.
O suspeito não tinha passagem policial e, apesar de não ser o pai biológico da criança, havia registrado a bebê como filha.