Lázaro Barbosa de Souza, de 32 anos, passou a ser conhecido em todo o Brasil com o apelido de serial killer de Brasília. Ele realmente é acusado de vários assassinatos, mas diferente do que ocorre nas redes sociais, a polícia não trabalha com a nomenclatura de serial killer.
O homem mais procurado do Brasil no momento chegou a ser condenado e preso. No entanto, ele recebeu o benefício de uma ‘saidinha de Páscoa’ e nunca mais retornou para cumprir a pena.
Caçada em Goiás e no DF
A caçada começou no dia 9 de junho com o assassinato de uma família no Distrito Federal. Segundo a polícia, ele matou o empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos dele, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15, na chácara da família. A mulher de Cláudio, Cleonice Marques, de 43 anos, foi levada pelo Lázaro e encontrada morta três dias depois.
No dia seguinte, Lázaro invadiu outra casa, desta vez fez dois reféns: Silvia Campos, de 40 anos, proprietária do imóvel, e Anderson, de 18 anos. Durante a ação, os dois relataram para a polícia que foram obrigados a fumar maconha.
Na sequência, em Ceilândia-DF, ele roubou um carro e fugiu para Cocalzinho, em Goiás. No local, ele incendiou o carro. No sábado, 12 de junho, ele invadiu uma chácara na mesma região e obrigou o caseiro a fumar maconha. Ele teria passado a tarde bebendo. Depois, colocou fogo no carro do caseiro e fugiu.
Em outra chácara de Goiás, ele baleou três homens e roubou duas armas de fogo. Ainda em Cocalzinho, ele roubou outro carro, mas abandonou o veículo ao avistar um bloqueio policial.
A polícia acredita que ele, no dia 14 de junho, passou por um curral de uma fazenda que fica entre Edilândia e Girassol. No dia 15, Lázaro fez mais três reféns, trocou tiros com a polícia, baleou um policial no rosto e fugiu.
Desde o dia 17 de junho, uma força-tarefa com cerca de 200 policiais procuram Lázaro na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Drones e helicópteros estão sendo usados nas buscas.
Na manhã desta terça-feira, 22 de junho, quando as buscas completam 14 dias, a polícia encontrou um carro queimado no distrito de Girassol. O cerco, nesse momento, ocorre nas proximidades de Girassol.
Ficha extensa
Em 2010, Lázaro foi preso pela polícia do Distrito Federal por roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo. Acabou condenado a 15 anos, 8 meses e 19 dias de reclusão.
Em janeiro de 2016 a Justiça permitiu que Lázaro trabalhasse fora do presídio. Exames psicológicos, no entanto, sempre apontaram a tendência dele voltar a cometer crimes.
Em 24 de março de 2016, Lázaro foi beneficiado pela saidinha de Páscoa. Ele deveria voltar ao presídio no dia 28 de março, mas não retornou.
Em 2018, Lázaro foi recaptura em Águas de Lindóia de Goiás, mas antes da transferência, ele conseguiu fugir e desde então não foi mais recapturado.
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