Desde que as pesquisas sobre a utilização da células CAR-T no tratamento contra o câncer começaram no Brasil, em 2019, 10 pacientes tiveram a remissão – quando não é detectada pelos exames – da doença. Os estudos começaram a ser realizados pelo Hemocentro de Ribeirão Preto em 2019 e a USP (Universidade de São Paulo) quer ampliar a pesquisa.
Até o momento, 15 pacientes receberam o tratamento, sendo que seis tiveram a remissão completa e sem volta da doença, dois pacientes tiveram remissão, mas apresentaram retorno da doença e dois pacientes iniciaram o tratamento recentemente – o paciente só é considerado curado após cinco anos com o câncer em remissão.
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Já duas pessoas perderam a vida após contraírem infecção decorrente do câncer, dois pacientes tiveram remissão parcial ou total dos tumores, mas morreram meses depois porque o câncer voltou, e um paciente, o primeiro a realizar o tratamento, morreu em um acidente doméstico, portanto não relacionado com o câncer.
O mais novo paciente a voltar para casa por conta da evolução do tratamento é o publicitário Paulo Peregrino, que voltou para casa, em Niterói, no Rio de Janeiro, que combatia o câncer há 13 anos e teve a remissão do linfoma em 30 dias, entre os meses de março e abril, em São Paulo.
Ele pode voltar para casa no último sábado (8) e a história foi revelada nesta terça-feira (11), no Jornal Hoje, da TV Globo.
Estudo em Ribeirão Preto
O coordenador da pesquisa, Dimas Covas, diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto, disse que aguarda liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ampliar a pesquisa.
“Continuamos a prosseguir com essa fila, vamos dizer assim, com a inclusão de pacientes em estudos compassivos e esperamos em breve ter a autorização da Anvisa para iniciar o estudo clínico”, declarou.
Em março, o Hemocentro de Ribeirão Preto foi escolhido pelo órgão para ser o responsável pelo projeto-piloto para o desenvolvimento de produtos de terapia avançada voltados ao tratamento com uso de células CAR-T.
Segundo o Hemocentro, o estudo deve começar no segundo semestres deste ano, e inclui 75 pacientes com leucemia linfóide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B.
O tratamento só é recomendado, no momento, em pessoas que já estão em fase do tratamento paliativo, quando já se esgotaram todos os outros tratamentos.
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