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CotidianoUniversidade expulsa alunos que simularam “masturbação coletiva” no interior de SP

Universidade expulsa alunos que simularam “masturbação coletiva” no interior de SP

Caso aconteceu em abril durante jogos universitários em São Carlos, no interior de São Paulo, mas imagens viralizaram recentemente

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A Universidade Santo Amaro (Unisa) expulsou estudantes do curso de medicina que foram filmados nus e que simularam uma “masturbação coletiva” durante um jogo de vôlei que era disputado por mulheres em São Carlos, no interior de São Paulo. A instituição não precisou o número de alunos, mas disse que a punição se aplica aos estudantes “identificados até o momento”.

“Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora das dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18), com a expulsão dos alunos identificados até o momento”.

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Segundo nota da Unisa, o episódio ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio no Centro Universitário São Camilo, durante um campeonato disputado por calouros de cursos de medicina conhecido como Calomed. Vídeos divulgados na internet mostram estudantes correndo pelados – alguns simulando masturbação.

De acordo com o Centro Universitário São Camilo, “os alunos daquela universidade (Unisa), tendo saído vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra”, informou o centro. A partida era disputada entre alunas do curso de medicina da São Camilo contra a equipe feminina da Unisa.

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Repercussão

Vídeos e imagens do caso divulgadas no último fim de semana viralizaram nas redes sociais, chegando a ser comentadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em post no X (antigo Twitter).

Ainda ontem, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também comentou o episódio: “repulsivo, indesejável e absurdo”. Dino esclareceu que a investigação do caso cabe à Polícia Civil. “Essa situação tem o nosso repúdio e a nossa rejeição. Mas a atuação funcional nesse caso só pode ocorrer se a polícia estadual eventualmente ficar inerte, pois se trata de um crime entre particulares. A atribuição funcional a princípio é da Polícia Civil do estado de São Paulo”, explicou Dino em entrevista coletiva.

O Ministério das Mulheres também repudiou o episódio. Em postagem nas redes sociais, o ministério disse que “atitudes como a dos alunos de medicina da Unisa jamais podem ser normalizadas – elas devem ser combatidas com o rigor da lei”.

“Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero”, escreveu o ministério. “Em parceria com o Ministério da Educação, o Ministério das Mulheres reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs. Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência”.

A Polícia Civil de São Paulo já abriu investigação para apurar o episódio e identificar os envolvidos (com informações Pedro Peduzzi/Agência Brasil).

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