Após decisão da Justiça de Ribeirão Preto que obriga o estado e a prefeitura transfiram pacientes com covid-19 para vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em outras regiões ou hospitais da rede privada, a secretaria estadual da Saúde afirmou que as transferências dependem do quadro clínico dos pacientes e não apenas da disponibilidade de vagas.
A decisão da Justiça foi tomada após pedido da Defensoria Pública estadual, que tem acompanhado casos de pacientes que estão na lista de espera por um leito de internação em UTI nos hospitais. A multa para o descumprimento é de R$ 100 mil ao dia.
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Por meio de nota, a secretaria estadual da Saúde informou que está à disposição da Defensoria Pública para prestar esclarecimentos. Segundo a pasta, a demanda de transferências é descentralizada e depende de regulação dos municípios e das regionais de Saúde.
No comunicado, a secretaria também afirma que a regulação de vagas nos hospitais é realizada pelo sistema da Cross (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde) e que os municípios têm autonomia para fazer a transferência dos pacientes dentro de seu território.
Contudo, informou que disponibiliza médicos da regulação estadual com a intenção de identificar os pacientes que aguardam por vagas para poder auxiliar nas transferências. Porém, afirma que a transferência depende de avaliação médica para que a locomoção seja feita com segurança.
Paciente morre na UPA
Um homem de 55 anos morreu na madrugada desta sexta-feira (4), no Polo Covid da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Treze de Maio. Orson Belfort Viana da Silva estava na unidade desde a última segunda-feira (31).
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O Polo Covid recebe pacientes para acompanhamento médico que, dependendo da evolução da doença, podem necessitar de transferência para hospitais.
Na manhã desta sexta-feira (5), a prefeitura informou que 22 pacientes estão internados em vagas de terapia intensiva nas UPAs e aguardam vagas para transferência.
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