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EconomiaEntenda o que é a Marcha das Margaridas que acontece em Brasília

Entenda o que é a Marcha das Margaridas que acontece em Brasília

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Mais de 100 mil mulheres reunidas em Brasília marcham, nesta quarta-feira (16), até o Congresso Nacional na 7ª Marcha das Margaridas. Confira logo abaixa a pauta de reinvindicações do grupo.

Desde o fim de semana, centenas de ônibus chegaram ao Pavilhão do Parque da Cidade, trazendo as participantes da Marcha das Margaridas, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), pelas federações e sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras.

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Na mobilização, mulheres de todas as regiões do Brasil querem garantir direitos, pôr fim às desigualdades de gênero, classe e étnico-raciais; enfrentar a violência, que muitas vezes ameaças sua vida, e a opressão, simplesmente, por serem mulheres.

As pautas delas foram debatidas durante dois anos, em reuniões regionais e nacionais que resultaram em documento divido em 13 eixos políticos. A pauta da Marcha das Margarida 2023 foi entregue ao governo federal em junho (com Agência Brasil).

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Pautas 

As principais demandas reivindicadas este ano pelas “margaridas” estão divididas em 13 eixos que serão debatidos nos dois dias do evento:  

– Democracia participativa e soberania popular;

– Poder e participação política das mulheres;

– Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo;

– Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade;

– Proteção da natureza com justiça ambiental e climática;

– Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética;

– Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios;

– Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns;

– Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional;

– Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda;

– Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária;

– Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo;

– Universalização do acesso à internet e inclusão digital.

Inspiração

Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, devido à luta pelos direitos da categoria.

Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade. Latifundiários da região são suspeitos do homicídio. Mas, até hoje, o crime segue sem solução e os mandantes não foram condenados (com Agência Brasil).

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