Os incêndios que atingem o interior de São Paulo desde a segunda metade de agosto já provocaram prejuízos de R$ 1,2 bilhão nas plantações de cana-de-açúcar, de acordo com a Orplana (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil). Segundo o Governo de São Paulo, mais de R$ 21 milhões foram aplicados em multas em 2024.
A Orplana informa os dados foram levantados na última sexta-feira (13), com base nos incêndios realizados entre os dias 23 de agosto e 10 de setembro. No período, foram identificados mais de 3 mil focos de incêndios, que resultaram em mais de 181 mil hectares queimados em áreas de cana-de-açúcar e áreas de rebrota de cana no estado.
Número pode ser maior
Os prejuízos e áreas destruídas pelas queimadas pode ser ainda maior. Isso porque, o levantamento levou em conta apenas efeitos dos incêndios na cana em pé, nas soqueiras e na qualidade ruim da matéria-prima, assim como para o manejo e custos de replantio.
Não foram contabilizadas áreas de APP (Área de Preservação Permanente), reserva legal, margens de rodovias, pastagens etc. A base de dados utilizada é a de um conjunto de satélites que fazem a verificação das áreas, inclusive com monitoramento de queimadas.
“É possível ver a diferença das áreas onde tinha cana e onde não tem e também o que aconteceu com a cana, se queimou, se mudou a coloração ou se manteve sem alteração, além da verificação a campo”, explica o CEO da organização, José Guilherme Nogueira.
Multas
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo informou que a Operação SP Sem Fogo registrou, de janeiro a agosto deste ano, 2.159 ocorrências de incêndio em todo estado.
A Polícia Ambiental aplicou 420 autos de infração por degradar a vegetação. Mais de R$ 21 milhões de reais em multas foram aplicadas. Mais de 20 pessoas foram presas por causarem incêndios.
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