O setor de bares e restaurantes se mantém otimista com a melhora dos indicadores da pandemia e uma parte dos empresários começou a reforçar o time de colaboradores para atender a crescente demanda pelos serviços.
Uma pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes) estima que 30% dos donos dos estabelecimentos desse setor no Estado de São Paulo devem contratar até o fim do ano. A qualificação é um diferencial, mas nem sempre norteia às contratações.
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O sócio-proprietário de um restaurante em Ribeirão, Otávio Silva Rodrigues, conta que o local prioriza pessoas dispostas a aprender. São duas unidades na cidade, abertas durante a pandemia.”A gente até prefere pessoas sem experiência para poder aplicar todo nosso treinamento, explicar todos os nossos princípios e crenças e, realmente qualificar esse profissional aos nossos padrões”, explica Rodrigues.
Já o gerente de uma churrascaria, Ricardo Gianezini, está em busca de um profissional com experiência, mas admite a dificuldade. “A nossa rotatividade maior é o garçom e o passador de carne. Essas nós temos dificuldade de encontrar hoje no mercado em Ribeirão Preto. O movimento está bom, a recuperação foi muito boa, mas em compensação nós não conseguimos fechar o quadro de funcionários ainda. Estamos correndo atrás”, disse.
Vagas mais procuradas
Segundo o Diretor da Abrasel em Ribeirão Preto, Gabriel Cruz, as funções de auxiliar de cozinha e garçom são as mais procuradas. Contudo, a pesquisa revela que a cada cinco empresas, uma está com dificuldades de contratar por falta de qualificação dos profissionais.
“O setor está passando por uma dificuldade porque muitas pessoas que antes trabalhavam na área e acabaram sendo demitidas por conta da pandemia migraram para outros setores. Agora, para essa retomada, a gente acaba tendo poucas pessoas com experiência”, afirma.
Cruz explica que a Abrasel tem diálogo constante tanto com o Sebrae como o Senac para pegar pessoas que se formaram em cursos ou que já empreenderam no segmento para trazer para o setor. “A gente sempre tenta fazer essa ponte entre a mão de obra e o empresariado que está precisando”, conclui.