Uma alternativa para diminuição da poluição dos combustíveis do Brasil, o biometano, pode gerar 800 mil empregos no País nos próximos anos, de acordo com projeção apresentada na Fenasucro, em Sertãozinho. Além disso, o combustível pode reduzir em 640 milhões de toneladas a emissão de carbono, um dos principais causadores do aquecimento global.
Embora o potencial seja nacional, São Paulo se destaca, sendo responsável por mais de 55% da produção de biometano a partir de cana-de-açúcar. “O mercado já está começando a absorver o biometano com algumas frotas pesadas e produtores de etanol utilizando esse combustível para reduzir a pegada de carbono na produção de açúcar e etanol”, afirma Patrícia Bassili, conselheira da Abiogás (Associação Brasileira do Biogás).
O assunto foi discutido na última quarta-feira (14), no segundo dia da Fenasucro. A estimativa aponta que a produção do biometano no Brasil saia do 1,6 milhão de metros cúbicos atuais e chegue até 7 milhões em 2029.
De acordo com Patrícia, para que essa capacidade de produção de biometano seja alcançada nos próximos anos, diversas iniciativas estão em andamento, entre elas a expansão das plantas que são consideradas fundamentais para o avanço da sustentabilidade no Brasil, já que oferece uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a melhor gestão de resíduos.
“Atualmente, há 25 plantas de biometano aguardando autorização para iniciar suas operações no Brasil. Essa quantidade reflete o crescente interesse e o potencial do mercado, destacando que o País está se preparando para um aumento considerável na produção desse biocombustível”, completa.
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