Antes do luxo chegar às residências e espaços públicos sob o patrocínio dos cafeicultores, Ribeirão Preto era o epicentro da atividade cultural para os fazendeiros da região ou em viagem. Havia cassinos, casas de espetáculo e cabarés no Centro e mesmo excursões noturnas para jogos à margem do rio Pardo.
As “Casas de Diversões” foram muito famosas nos anos 20 do século 20. De acordo com o livro Café com Açúcar da educomunicadora Adriana Silva (disponível gratuitamente no site da Fundação do Livro e Leitura), havia um grande tráfego de pessoas e automóveis nas ruas em busca de entretenimento no Teatro Carlos Gomes, no Poytheama, no Cinema Santa Helena, no Avenida e no Cassino.
O ramo de cassinos e cabarés, porém, já era explorado em Ribeirão pelo francês François Cassoulet antes da cidade começar a acompanhar a tendência de progresso de São Paulo e encher o passeio público de senhoritas e famílias burguesas.
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Cassoulet trazia o luxo da Europa para atender coronéis que agora viajavam ao Velho Continente. Era dele o Eldorado, um dos primeiros cafés-cantantes da história do País, construído na rua São Sebastião para a apresentação de balés cômicos inspirados no modelo francês.
Em 1911, o empresário abriu o Cassino Antarctica na rua Amador Bueno. O local sintetizou o exagero e a loucura da monetização gerada pelo café, com bebidas e charutos importados, prostituição internacional, e grandes fortunas perdidas em roletas, jogos de dados e cartas.
Tudo desapareceu depois da quebra da bolsa de Nova York em 1929 e da Revolução de 1932, que acabou de vez com a riqueza do café.
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*Para marcar as comemorações dos 167 anos de Ribeirão Preto, o acidade on publica uma série com curiosidades e dados históricos da cidade. Ao todo, serão publicados 24 conteúdos, até o dia 19 de junho. Vamos falar de prédios históricos, de tradições, de números e de costumes dos moradores de Ribeirão Preto.
