O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou pela condenação de Barquet Miguel Júnior, de Ribeirão Preto, preso nos atos de 8 de janeiro. Moraes, que é relator do processo, pediu que Barquet seja condenado a 14 anos de prisão, além do pagamento de multa de R$ 30 milhões, junto com os outros réus do processo.
No voto, publicado no plenário virtual do STF nesta sexta-feira (23), Moraes pede a condenação do morador de Ribeirão Preto pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio tombado e Associação Criminosa Armada.
Segundo o voto do ministro, a pena seria aplicada, inicialmente, em regime fechado. O julgamento de Barquet Miguel Júnior segue até o dia 1º de março. Os outros 10 ministros do STF ainda deverão se manifestar sobre o voto de Moraes.
O voto completo de Alexandre de Moraes pode ser conferido clicando aqui.
Outro lado
A defesa de Barquet Miguel Júnior afirmou que a condenação é “injusta”, porque ele não teria quebrado nada nos atos e que entrou no Palácio do Planalto para se proteger dos gases. Ela ainda afirmou que vai recorrer.
Em depoimento realizado no ano passado, ele negou participação das ações de depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Na ocasião, Barquet disse que viajou até Brasília para conhecer a Capital Federal. Ele afirma que foi sozinho, de ônibus, e se hospedou em um hotel. Ele afirmou que estava próximo do Palácio do Planalto, quando teria começado “uma grande confusão”.
Segundo o relato, o ex-advogado disse que, por conta disso, “optou por se refugiar” no prédio e, que ao entrar, o local já estava “quebrado e revirado”.
Contudo, declarou que não presenciou o momento que os atos de vandalismo ocorreram e que nem sabe quem são as pessoas responsáveis pela destruição.
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