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PolíticaEleiçõesConfira o que Mariana Negri disse na entrevista da série entre os candidatos à Prefeitura de Franca

Confira o que Mariana Negri disse na entrevista da série entre os candidatos à Prefeitura de Franca

Eleições 2024: o acidade on Ribeirão realiza nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Franca

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O acidade on Ribeirão realiza nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Franca nas eleições 2024. Nesta sexta-feira (13) a entrevistada foi a advogada e servidora pública Mariana Negri (PT) – veja o player acima.

A sequência de entrevistas foi definida por ordem alfabética. Cinco candidatos serão sabatinados por 12 minutos. No sábado (14), o candidato terá 8 minutos de entrevista ao vivo. Outros candidatos na disputa terão entrevistas de 2 minutos veiculadas.

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O seu programa de governo cita a implantação da telemedicina, com a realização das consultas médicas virtuais na saúde pública de Franca. Como seria isso e, na sua avaliação, é uma medida eficaz?

  • É uma medida que não atende as urgências que o município de Franca tem. Nós temos problemas gravíssimos na saúde pra resolver imediatamente. Mas a telemedicina, para as consultas básicas, ela é muito eficiente e muito econômica. A rede particular utiliza desde a pandemia, passou a pandemia e as redes particulares de Franca continuam ofertando a telemedicina e o estado pode ofertar também com um custo muito baixo, com uma comodidade imensa para população, com pequenas consultas, dor de garganta, sintomas gripais, coisas que inclusive ocupam as UPAs e os prontos socorros poderiam ser atendidos pela telemedicina nos moldes que os hospitais particulares já fazem com bastante sucesso. Eu sou usuária da telemedicina, eu tenho três filhos, então a gente está sempre com alguma demanda dos filhos. Eu utilizo muito e eu acho que é muito viável que a gente oferte para a população. Ninguém vai deixar de ter UBS com médico presencial, ele vai continuar lá, mas são para casos simples, para desafogar lá na frente com custo baixo, estrutura baixa.

No seu plano está a construção de uma UPA na região Leste de Franca. Tem uma previsão de qual bairro ela seria feia e quando seria entregue para a população?

  • O bairro a gente precisa ainda avaliar o melhor local, mas a região Leste não é atendida por uma UPA nas proximidades. Tem uma na zona Sul, uma na zona Oeste e o pronto socorro na zona Norte. E a zona Leste precisa de mais um equipamento, não só pela proximidade dos moradores de todo o entorno, mas para desafogar as outras UPAs que estão trabalhando no limite. Eu estive duas vezes no Ministério da Saúde este ano justamente para conversar sobre a construção dessa UPA e existe a demanda para Franca e existe um programa do Governo Federal para construção da UPA. Acredito que a gente consiga liberar a construção da UPA através do PAC já em 2025 e finalizar em 2026. Isso é um prazo bastante razoável.

Na educação, a sua proposta é trazer uma unidade do Instituto Federal para Franca. Há alguma área já destinada para abrigar a unidade e quais os cursos seriam pleiteados?

  • Alguns anos atrás, quase foi um Instituto Federal para Franca, veio para Ribeirão Preto. Foi justamente um problema do terreno que a prefeitura não conseguiu viabilizar uma área. Essa área tem que ser também estudada. Assumindo a prefeitura, a gente precisa fazer um grande estudo, inclusive de prédios e espaços municipais, inclusive de vazios urbanos ali que a gente precisa da função social. Mas a gente, sem duvida nenhuma, precisa sentar, fazer estudo, fazer projeto. Existem muitas verbas do Governo Federal e aí eu posso dizer, porque é do meu partido, só que precisa de projeto. Franca deixa de ter muito dinheiro por falta de projeto e aí seria leviano da minha parte dizer que eu tenho projeto para todos. A gente precisa fazer uma coordenadoria de projetos, vai ter um setor da prefeitura responsável por estudo e por propor projetos e por acompanhar a execução desses projetos. Mas a gente precisa ser responsável e sentar com os números da prefeitura e fazer um estudo. O Instituto Federal ele traz cursos técnicos e superiores. Eu acredito que a gente precisa trabalhar nas nossas maiores forças do empreendedorismo. Na área do sapato, na área do café, mas também Franca agora na área de tecnologia. A gente está virando um polo do e-commerce, um polo de T.I e há muitos cursos técnicos e superiores no Instituto Federal que vai ser muito bom para essa diversificação econômica que a gente busca em Franca.

O seu plano de governo também prevê a implantação de pelo menos um restaurante popular por região da cidade. Como isso seria realizado e como seria o seu funcionamento?

  • Nós já temos um no Centro, que é o Bom Prato, com parceria do governo estadual. E aí é por parceria, volta a questão do projeto. Parece repetitivo, mas a gente precisa buscar também, não só ao Governo Federal, mas ao governo estadual, parcerias para colocar mais Bons Pratos nos outros bairros. Além disso, a gente quer investir muito na agricultura familiar na região. Existem muitas famílias produzindo e ela precisa de apoio para produzir, então os restaurantes populares, bem como a merenda escolar, a prefeitura pode adquirir desses agricultores familiares. O que faz com que o dinheiro fique em Franca. No caso, o que a gente tem hoje lá que é o Bom Prato é muito importante. Está sempre lotado aquele restaurante e Franca tem 400 mil habitantes quase. A gente precisa de mais de um restaurante popular e incluir essas famílias que produzem alimentos também na renda. Então a gente trabalha geração de renda, a gente trabalha alimentação saudável, que economiza no SUS lá na frente, e trabalha segurança alimentar que é um direito de todo cidadão.

Na área da cultura, a senhora pretende restaurar o prédio centenário do antigo Colégio Champagnat, que é tombado como patrimônio histórico. De onde viriam os recursos?

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  • A gente tem algumas fontes que podem ser financiadas. Existiu um caso que a Petrobrás tinha linha de crédito para reparação de patrimônio histórico, e de novo, Franca não apresentou um projeto. Então, não só no Governo Federal e no governo estadual, a iniciativa privada também oferta linhas de crédito para preservação de patrimônio e nós vamos buscar. Agora, se nada disso vier, a gente precisa fazer com recurso próprio, não da para deixar um patrimônio como o Champagnat literalmente caindo aos pedaços. Eu estive lá essa semana para fazer um vídeo e ele está, realmente, caindo. E é triste. Porque é muita história ali, é um bem tombado. Existem verbas próprias pra preservação de bem tombado, mas se nada disso ocorrer a gente tem que sentar com a iniciativa privada, tem que sentar com a população e resolver, ver o que pode fazer. O que não dá é para deixar cair do jeito que está. E não é só lá no prédio do Champagnat, tem muito prédio histórico desabando, literalmente, em Franca.

No esporte, a senhora quer transformar o estádio Municipal Doutor Lancha Filho, o Lanchão, em uma arena multiuso. Com quais recursos e como isso seria feito?

  • Nesse caso, exclusivamente, da iniciativa privada. Seria porque muitas cidades fizeram esse modelo. Gera renda um estádio que tenha vários eventos, não precisa ser só o futebol. Inclusive, quando a gente pensa numa cidade próspera no esporte, a gente quer que tenha mais esportes acontecendo, e trazer pessoas para Franca para fazer esses esportes. Trazer até turismo para Franca. Mas aí é iniciativa privada. Sem dúvida nenhuma que o município tem que cuidar do esporte, o esporte de base, o esporte de alto rendimento. Porque a gente vê muito atleta… Tem atleta francano de Olimpíadas disputando por outras cidades porque Franca não consegue absorver esses atletas. Então, sem dúvidas, o município investirá no esporte. Mas, com relação ao Lanchão, é a parceria com a iniciativa privada que eu acho que vai ser uma solução muito interessante para cidade.

Na área do transporte público, há projeto para a tarifa zero nos ônibus. Como seria isso e de onde viriam os recursos?

  • Então, a gente colocou com responsabilidade fiscal, a gente até usou essa palavra no plano de governo e paulatino. O que acontece é o seguinte: o transporte público ele é um direito social previsto na Constituição, tal como a saúde, educação e segurança. Então, o estado precisa ofertar condições para que esse serviço seja bem feito. E está cada vez pior. Cada vez menos usuários, o que gera cada vez menos linha, cada vez menos qualidade no serviço. Um ciclo vicioso. E essas pessoas utilizando veículo próprio, estão poluindo meio ambiente, estão causando um trânsito. O trânsito de Franca está caótico. O número de acidentes está muito alto, o que impacta na saúde. Estive com a direção da Santa Casa e eles me disseram que o mais grave na falta de vaga pra internação é o número alto de acidentados que ocupam uma vaga por muito tempo. A gente precisa cuidar do transito e pra cuidar de transito, precisa investir no transporte coletivo. Então, a tarifa zero para alguns setores, por exemplo, para estudantes. Hoje já paga meio passe o estudante. A gente consegue subsidiar 100% com verba do Fundeb, existe essa opção. E aí, ir trabalhando aos poucos para não aumentar tarifa para o trabalhador e ir trabalhando aos poucos trazendo gratuidade, aumentando o número de usuários para que a gente consiga manter esse serviço funcionando e funcionando bem.

Regras das entrevistas

Foram convidados para as entrevistas presenciais os candidatos com partidos que têm representação na Câmara dos Deputados, como são os casos do MDB, PSOL, PL, PSB e PT, que terão 12 minutos nas entrevistas. O Novo também tem representação, mas é um dos partidos que não alcançaram a cláusula de barreira, e terá 8 minutos na entrevista.

Já o PCO, Mobiliza e PCB não têm representatividade na Câmara dos Deputados. O espaço também será aberto para essas legendas, mas em entrevistas gravadas de 2 minutos.

Próximas entrevistas

14/9 – Alexandre Tabah (Novo)

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Leonardo dos Santos
Leonardo dos Santos
Jornalista formado pelo Centro Universitário Barão de Mauá e egresso da Universidade de São Paulo. Cobriu as campanhas eleitorais de 2016, 2018, 2020 e 2022, e ficou de olho na passagem da seleção francesa por Ribeirão Preto na Copa do Mundo de 2014. E-mail: leonardo.santos@acidadeon.com
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