O acidade on Ribeirão realizou nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Franca nas eleições 2024. Neste sábado (14) o entrevistado foi o empresário Alexandre Tabah (Novo) – veja o player acima.
A sequência de entrevistas foi definida por ordem alfabética. Cinco candidatos foram sabatinados por 12 minutos. Neste sábado (14), o candidato teve 8 minutos de entrevista ao vivo. Outros candidatos na disputa terão entrevistas de 2 minutos veiculadas.
Na área de geração de empregos, a sua proposta é reinstalar um porto seco em Franca e homologar voos comerciais e de carga no aeroporto da cidade. Como seria o funcionamento desse porto? No caso do aeroporto, o que seria necessário fazer?
- Nós já tivemos o porto seco e foi tirado de lá em alguma gestão para trás. O aeroporto já foi licitado, teve a empresa que ganhou e o que a gente precisa é dar cordinha nele para que ele realmente invista e faça funcionar o nosso aeroporto. Inclusive, é um aeroporto para aeronaves grandes. É um bom aeroporto.
Esse ‘dar a cordinha’ que o senhor fala o que seria?
- É chegar em quem ganhou a licitação e pedir para que ele coloque em funcionamento voos que se iniciam para São Paulo, para Brasília, Rio de Janeiro e inicie o funcionamento integral do nosso aeroporto. Se não, para quê que essa empresa ganhou essa licitação?
Outra proposta nesta área é aumentar a abertura de empresas em Franca. Como isso seria possível?
- Aí é de empresário para empresário. Franca hoje está perdendo empresas de calçados para o Nordeste. Essas empresas estão certas de irem para o Nordeste, porque elas precisam sobreviver. Então, se lá o imposto é menor, por sobrevivência tem que mudar para lá. Eu quero trazer para Franca empresas que paguem melhor os seus funcionários. Por quê? Franca está entre as 10 piores médias salariais do Estado de São Paulo, em 645 municípios. É algo que a gente não quer para a nossa cidade. Então, nós vamos atrás de empresas de tecnologia e de empresas que paguem melhor os seus funcionários. E nós vamos fazer como que a nossa população faça cursos preparatórios e sejam diplomados para esse novo trabalho.
Na educação, o senhor pretende adotar o modelo integral nas escolas municipais. Quais seriam as escolas? E isso já seria no início de um eventual mandato?
- O ano letivo, talvez, não dê já agora para 2025. Mas a gente quer, gradualmente, chegar a iniciar, lógico, em algumas escolas, elas não estão escolhidas ainda, mas dar início a esse sistema integral. E, também, trabalhar o sistema cívico-militar para afastar totalmente as drogas e a violência dessas escolas.
Na segurança pública, o senhor propõe mapear área de incidência de crimes, o que já é feito pela polícia, para realização de ações integradas. Como seria e quais seriam essas ações?
- A gente quer integrar da seguinte maneira: Hoje Franca tem apenas 56 câmeras de segurança. A gente quer passar para no mínimo 300 câmeras e nesse local onde já existe os delitos, colocar mais câmeras e mais pessoas monitorando. Inclusive, pessoas da sociedade civil, cadastradas, para que eles também possam denunciar crimes por essas câmeras, chamar a polícia e dar esse atendimento.
O senhor quer implantar a telemedicina na saúde municipal. Essa medida é eficaz?
- Sim, ela é eficaz porque hoje, dependendo da pessoa, ela come arroz e ovo, mas tem internet. Então, internet todo mundo tem. A telemedicina você facilita para a família da pessoa, para aquele primeiro diagnóstico, para não precisar pegar um ônibus, descer, andar até o ponto de atendimento, voltar, pegar um ônibus, para resolver. A telemedicina encurta totalmente esse espaço. Agora, as outras áreas da saúde continuarão funcionando e aumentadas.
A sua proposta para a saúde também inclui parcerias com o setor privado para reduzir filas de exames. Como seriam essas parcerias e em quanto tempo já pode haver um reflexo disso?
- Vou te dar um exemplo: eleições dia 6 de outubro. Estou eleito, primeiro turno. Dia 7 de outubro eu vou fechar um pré-contrato já com a Santa Casa de Franca com verba municipal e comprar 10 mil cirurgias eletivas. Só da Santa Casa, que é a capacidade deles. E, pelo menos, mais 10 mil com outras clínicas que queiram vender para a prefeitura. Eu quero zerar a fila de cirurgias eletivas.
O senhor também propõe reduzir o número de secretarias e de comissionados na prefeitura. Quais seriam essas secretarias? O senhor já tem o valor estimado do quanto isso representaria em economia aos cofres públicos?
- Em quatro anos de mandato, dá para ter uma economia de, pelo menos, R$ 24 milhões. R$ 24 milhões para vocês terem uma ideia, são cerca de 5 mil, 6 mil cirurgias eletivas. Então, já é uma economia gigantesca, mas nós ainda vamos renegociar todos os contratos. Contratos de T.I., contratos de publicidade, queremos enxugar a máquina. É a maneira que o Novo trabalha e eu na minha empresa já faço isso. Enxuga para poder dinamizar o bom trabalho.
Regras das entrevistas
Foram convidados para as entrevistas presenciais os candidatos com partidos que têm representação na Câmara dos Deputados, como são os casos do MDB, PSOL, PL, PSB e PT, que tiveram 12 minutos nas entrevistas. O Novo também tem representação, mas é um dos partidos que não alcançaram a cláusula de barreira, e teve 8 minutos na entrevista.
Já o PCO, Mobiliza e PCB não têm representatividade na Câmara dos Deputados. O espaço também será aberto para essas legendas, mas em entrevistas gravadas de 2 minutos.
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