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Butantan afirma que a CoronaVac é eficaz como terceira dose

Segundo o Butantan, a vacina comprovou a eficácia nos ensaios clínicos de fase 3 realizados no Brasil e no estudo de efetividade Projeto S, realizado em Serrana

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Vacina CoronaVac (Foto: Denny Cesare/Código19)
Vacina CoronaVac (Foto: Denny Cesare/Código19)

 
O Instituto Butantan divulgou novas informações sobre a vacina CoronaVac, feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, atestando a eficácia do imunizante contra a covid-19.

Segundo o Butantan, a vacina comprovou a eficácia nos ensaios clínicos de fase 3 realizados no Brasil e no estudo de efetividade Projeto S, realizado em Serrana, cidade da região de Ribeirão Preto. “Ela foi a grande responsável por iniciar a queda no número de casos da doença no Brasil, pois iniciou a campanha de imunização no Brasil, e até hoje corresponde a cerca de 35% do total de doses aplicadas”, informou o Butantan.

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“A qualidade e excelência da CoronaVac também são comprovadas por diversos estudos veiculados em publicações especializadas. Vale lembrar que a vacina é produzida por meio de parceria internacional com uma das maiores farmacêuticas do mundo, comprovando que a ciência do Brasil e do Butantan está na vanguarda do combate à covid-19”

Neste momento da pandemia, as preocupações se voltam para a terceira dose ou dose de reforço, iniciativa que visa controlar o avanço da variante delta do SARS-CoV-2 e potencializar a imunização de públicos vulneráveis ou mais expostos à covid-19 – como idosos e profissionais da saúde. “A CoronaVac pode ser utilizada na terceira dose ou dose de reforço com grandes benefícios para a população de qualquer país”, diz o Butantan. 
 
O Instituto Butantan ainda divulgou três informações para atestar que a CoronaVac é eficaz para terceira dose ou dose de reforço.

1) A dose de reforço da CoronaVac é eficaz contra a delta

A dose de reforço da CoronaVac aumenta em 17 vezes o nível de anticorpos neutralizantes contra a variante delta do vírus SARS-CoV-2 em quem já completou o esquema vacinal há seis meses. As conclusões estão em um estudo de pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, Universidade de Pequim, Faculdade de Medicina de Xangai e Sinovac, entre outras instituições, publicado na plataforma de preprints MedRxiv. A pesquisa apontou que a dose de reforço da CoronaVac potencializa rapidamente e de forma robusta os níveis de anticorpos neutralizantes contra a proteína S, componente que o SARS-CoV-2 usa para invadir células humanas. A dose de reforço também aumenta em 17 vezes o nível de anticorpos neutralizantes contra o vírus original (cepa de Wuhan); em 18 vezes contra a variante alfa; em 19 vezes contra a beta; e em 14 vezes contra a gama.

2) A dose adicional da CoronaVac gera forte resposta imunológica sem reações adversas

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Dois estudos publicados pela Sinovac na plataforma de preprints MedRxiv sobre imunogenicidade, segurança na administração e resposta imune gerada por uma dose adicional do imunizante em adultos de 18 a 59 anos e em idosos de 60 anos ou mais mostraram que a dose de reforço, administrada 28 dias, seis meses ou oito meses após a aplicação da segunda dose, induz uma forte resposta imunológica em adultos saudáveis. Entretanto, a dose adicional recebida depois de seis meses mostrou resultados mais expressivos na comparação com o grupo que recebeu a dose adicional após 28 dias. Já em idosos, houve um aumento de aproximadamente seis vezes no nível de anticorpos neutralizantes sete dias depois da aplicação do reforço.

3) O esquema vacinal completo com CoronaVac já é eficaz contra casos graves da delta

Um estudo de pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da província de Cantão (Guangdong), publicado na plataforma de preprints SSRN, mostrou que a vacina do Butantan evita o desenvolvimento de casos graves de Covid-19 causados pela variante delta do SARS-CoV-2 e tem eficácia de 69,5% contra o aparecimento de pneumonias decorrentes da doença. Os cientistas concluíram que a imunização total com duas doses foi 69,5% eficaz para prevenir pneumonia, um dos desdobramentos mais graves da Covid-19: entre os não vacinados, houve 85 casos (1,44%); entre os vacinados com uma dose, 12 casos (1,42%); e entre os vacinados com duas doses, cinco casos (0,35%). Além disso, não foram registrados casos críticos entre os vacinados, indicando que os imunizantes analisados têm eficácia contra o desenvolvimento de casos graves de Covid-19 provocados pela variante delta (entre os não vacinados, houve 19 casos graves ou críticos).

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