Coletores de lixo hospitalar de Ribeirão Preto paralisaram as atividades, a partir desta segunda-feira (31), por tempo indeterminado.
O Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Ambiental de Ribeirão Preto e região) pede a inclusão da categoria no plano municipal de imunização contra a Covid-19.
O órgão entende que os trabalhadores desempenham função essencial em meio à pandemia, por conta da coleta de resíduos hospitalares. “Por ser um serviço essencial, 30% dos servidores têm de ser mantido. Porém, em Ribeirão Preto, todas os locais que precisam ter o lixo recolhido não serão atendimentos pela falta da mão de obra na cidade”, explicou João Capana, presidente do sindicato à Rádio CBN Ribeirão.
Um ofício sobre a paralisação das atividades foi encaminhado na última quarta (27) à Secretaria Municipal da Saúde. O prazo atende os três dias estabelecidos em lei para a legitimação da greve.
Ainda de acordo com o presidente do Siemaco, aproximadamente 50 servidores atuam na coleta de resíduos. Somente nas duas últimas semanas, a equipe teve por volta de 15 baixas em função do coronavírus, diz Capana.
“São entre 40 e 50 trabalhadores, o que não vai atrapalhar o plano de imunização da cidade e da região. Nós temos vários afastamentos na equipe, inclusive um trabalhador que está intubado na UTI. Encaminhamos o ofício na última quarta e a gente se quer teve uma resposta da prefeitura. Esses trabalhadores estão esquecidos. Realmente é um descaso”, afirmou.
A coleta domiciliar, porém, não foi suspensa. Contudo, Capana disse que a paralisação deve afetar o serviço.
Outro lado
O Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Peto disse, por meio de nota de imprensa ao ACidade ON, que segue o cronograma de vacinação definido pelo Governo do Estado de São Paulo, que é o responsável pelo envio das doses do imunizante contra a Covid-19.
“Informa ainda que não possui doses extras para atender outras categorias”, disse a nota.