A secretaria estadual de Saúde e a coordenação do PEI (Plano Estadual de Imunização) afirmaram nesta quarta-feira (17) que o Estado de São Paulo não tem vacinas contra covid-19 da Janssen para aplicação da dose de reforço, como foi orientado pelo ministério da Saúde na última terça-feira (16).
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O secretário da Saúde Jean Gorinchteyn disse em coletiva no Palácio dos Bandeirantes que o estado depende do envio de vacinas pelo ministério da Saúde para suprir a imunização de 1.173.006 pessoas receberam a vacina. Em Ribeirão Preto são 20.380 pessoas vacinadas com o imunizante, segundo o Vacinômetro.
Segundo a nova determinação, as pessoas que tomaram a vacina da farmacêutica Johnson & Johnson, precisarão tomar uma segunda dose do imunizante. A aplicação deverá ser feita dois meses após a primeira dose. O reforço para essas pessoas será feito cinco meses após o esquema vacinal completo.
Para a coordenadora do PEI, Regiane de Paula, também é aguardada uma nota técnica do ministério da Saúde informando como deve ser o procedimento para o complemento da imunização, já que inicialmente, a vacina do laboratório norte-americano seria de dose única.
“Criou-se um momento de dúvida, porque a FDA [agência de saúde dos Estados Unidos] diz que recomenda a segunda dose, mas o mundo inteiro ainda não está fazendo isso. Então, a gente ainda está aguardando uma nota do ministério da Saúde e nós sabemos que até o dia de hoje não chegou a vacina da Janssen”, declarou a coordenadora do PEI.
Estoque
Contudo, o ministério da Saúde informou que há vacinas no estoque para que possam ser aplicadas na população imunizada com esta vacina. Segundo o governo federal, na última sexta-feira (12) chegou ao 1 milhão de doses. O lote faz parte da compra de 36 milhões de vacinas adquiridas do laboratório norte-americano, que devem ser entregues até o fim de 2021.
Ainda de acordo com o ministério da Saúde, 7,8 milhões de doses devem ser entregues até o final de novembro, e o restante no mês de dezembro. Na última terça-feira, ao anunciar a ampliação dos grupos que devem receber a dose de reforço, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que o País tem doses suficientes.