Após a confirmação que a cepa de Manaus do coronavírus está circulando no interior de São Paulo, a pergunta da população passou a ser se a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e que está sendo em larga escala na imunização, é eficaz.
O ACidade ON recebeu vários questionamentos sobre o tema. As informações oficiais disponíveis das pesquisas realizadas até o momento mostram que os indicadores são positivos, principalmente pela forma como a CoronaVac foi desenvolvida.
A mesma situação pode não acontecer com a vacina da Astra Zeneca (Oxford), que, em menor escala, também está sendo usada no Brasil.
Abaixo você vê um vídeo com uma explicação do Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Na segunda semana de fevereiro de 2021, o Butantan também emitiu uma nota dizendo que a CoronaVac “apresenta melhor desempenho contra as novas cepas do coronavírus na comparação com as vacinas que se utilizam de uma única proteína como antígeno (a chamada proteína S)”.
“Testes feitos com as variantes inglesa e sul-africana do novo coronavírus já mostraram um bom desempenho das vacinas com vírus inativado (tecnologia da vacina do Butantan), e análises estão sendo feitas atualmente contra a cepa amazônica”, informou o Butantan.
Em Ribeirão Preto
Na manhã desta terça-feira (23), o médico Benedito Lopes da Fonseca, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, disse que a perspectiva em relação à eficácia da CoronaVac é boa.
“Os dados são preliminares. Mas a nossa variante (P1, de Manaus) é muito parecida com a variante da África do Sul. Na África do Sul, a vacina da Astra Zeneca (Oxford) teve uma eficácia muito ruim e eles pararam de usar essa vacina”, explicou.
“Agora a CoronaVac, pela maneira que ela é feita, já há alguns dados do Instituto Butantan que mostram que ela protege contra a variante da África do Sul”, disse. Segundo Benedito, a variante brasileira é muito parecida com a da África, por isso, é provável que a CoronaVac seja eficaz.