SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou um novo recorde neste sábado (30) e, pelo segundo dia consecutivo, teve a maior média de novas mortes por Covid-19 na última semana desde o fim de julho, auge da primeira onda no país.
A média móvel de mortes chegou a 1.071 óbitos neste sábado.
Na sexta (29) o país havia registrado média de 1.068 mortes por dia na semana anterior. Antes disso, o recorde havia sido em 26 de julho, com média de 1.074 óbitos.
Neste sábado, foram registradas 1.194 mortes e 55.521 casos da doença. Com isso, o país chegou a 223.971 óbitos e a 9.175.194 pessoas infectadas pela Covid-19 desde o início da pandemia.
Contudo, o número real é ainda maior porque o estado do Ceará não atualizou os dados até as 20h deste sábado.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão.
A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.
Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Os números oficiais do Ministério da Saúde apontam para 223.945 mortes e 9.176.975 casos confirmados da doença.
O Brasil é o segundo país com o maior número de mortes pela doença.
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com 438.913. Abaixo do Brasil, estão México com 156.579 mortos, Índia, com 154.147 mortos, e o Reino Unido, com 105.777.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos do Peru: 40.686.