A incidência da nova variante da Covid-19, identificada como P1, reforça a necessidade de medidas mais duras e maior controle na movimentação de pessoas e contenção da disseminação do vírus em São Carlos. A opinião é do epidemiologista Bernardino Alves Souto.
Pela segunda vez, São Carlos se deparou com laudos científicos que comprovam a circulação da nova cepa P1, uma mutação encontrada inicialmente em Manaus. Nesta quarta-feira (19), a Prefeitura de São Carlos anunciou que detectou em amostras enviadas ao Instituto de Biociências (IB) da Unesp Botucatu a presença da variante do novo coronavírus tida como mais transmissível.
“Essa cepa é majoritária na região, é a que mais circula. Ela tem uma transmissibilidade mais alta, número maior de casos e transmite com maior rapidez entre uma pessoa e outra”, explica.
Todas as cinco amostras enviadas para análise genética em Botucatu eram da nova cepa, segundo a Prefeitura. Uma delas era de um paciente que sequer fora internado. Em março, o Departamento de Vigilância em Saúde já havia confirmado outros oito casos da “variante de Manaus”.
Apesar das implicações já relatadas (além das em estudos) da presença da nova cepa em São Carlos, o professor afirma que o “remédio” para qualquer variante do novo coronavírus é o isolamento social, testagem em massa e identificação de pessoas que tiveram contato com infectado.
“Se tivermos as medidas corretas, independente da cepa, vamos controlar (a epidemia). A culpa não é do vírus, é nossa que não estamos conseguindo controlar corretamente como deveríamos”, finaliza.