O Departamento Regional de Saúde III (DRS III), que compreende São Carlos (SP) e outras 23 cidades, continua apresentando piora nos índices do Plano São Paulo na última semana. Na quarta-feira (3), o governo estadual suspendeu a fase vermelha em dias úteis e final de semana.
Segundo dados da Fundação Seade, vinculada ao Governo do Estado, a ocupação de UTIs na região atingiu 81,9%. Nas enfermarias, o índice está em 47,3%.
De acordo com o Plano São Paulo, qualquer número acima de 75% é passível de rebaixamento da região à fase vermelha da quarentena. O índice anterior era de 80%, mas as determinações foram alteradas em decorrência do avanço da pandemia no estado.
Com isso, cresce a possibilidade do Centro de Contingência do Coronavírus regredir a região, que atualmente está na fase laranja, para a fase mais restritiva da flexibilização nesta sexta-feira (5), em nova reclassificação.
Crescimento de indicadores
A ocupação de UTIs teve um aumento significativo, se comparado com os dados divulgados nas últimas reclassificações do Plano São Paulo.
Em 22 de janeiro, estava em 57,2%. Uma semana depois, em 29 de janeiro, em 63,2%. Já nesta sexta-feira (5), chegou aos 81,9%.
Outros índices também seguem piorando na região de São Carlos. O indicador de mortes e casos a cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias vive uma situação parecida.
Em 22 de janeiro, o indicador de mortes apontava para 3,5 a cada 100 mil habitantes. Uma semana depois, subiu para 4,9. Ontem (4), estava em 6,9, e nesta sexta-feira, chegou a 6,9.
Em relação aos casos, houve uma ligeira queda, mas os números voltaram a crescer. Em 22 de janeiro, eram 384,9 casos a cada 100 mil habitantes. No dia 29 de janeiro, esse número caiu para 381,6, mas hoje (5) já está em 387,2.
Nova fase
Mesmo acreditando que a cidade vai ser rebaixada para a fase vermelha do Plano São Paulo, o presidente do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus, Mateus de Aquino, não vê o fechamento das atividades não essenciais como algo benéfico para controle da pandemia.
“Essa fase nos preocupa bastante porque é muito punitiva para as atividades econômicas, ela é muito punitiva para quem precisa fazer manutenção de emprego, é muito punitiva para quem precisa levar o pão para casa, e não necessariamente vai resolver o problema do avanço da pandemia”, disse.
