Às vésperas da atualização do Plano São Paulo, a região sanitária de São Carlos e Araraquara apresenta o terceiro maior índice de ocupação de leitos de UTI, segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Balanço realizado na tarde de ontem informa que a região está com 93,5% de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI) geridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quatro regiões paulistas apresentam índices superiores a 90%: São Carlos/Araraquara, Franca, Marília e Barretos.
A taxa de ocupação de UTIs é um dos principais fatores levados em consideração pelo governo do Estado. Às 12h45 desta sexta-feira (7), a gestão Doria deve apresentar as fases regionalizadas para as próximas semanas.
A DRS-3 registrou na última semana redução de 8,8% no número de novos casos e de 21,6% no número de óbitos, na comparação com os sete dias anteriores. Já a quantidade de óbitos para cada 100 mil habitantes, calculado em 20, coloca a região em patamar intermediário no Estado.
Em São Carlos, a situação mostra uma situação um pouco mais confortável em comparação com o início do mês passado, mas não tão bom que sugira um avanço no Plano São Paulo. A taxa de ocupação de UTI adulta, de 97,3% na quinta é inferior aos 100% do dia 6 de abril, mas é pior do que os 92% na virada do mês.
Na comparação entre as somas de óbitos dos seis primeiros dias de cada mês, houve aumento de 14 para 16, entre abril e maio, crescimento de 14,3%.
O total de pessoas isoladas por conta de contaminação por Covid também subiu de 1.519 para 1.630, no sexto dia de cada mês. São 7,3% a mais entre abril e maio.
Apesar dos números de São Carlos, os resultados da DRS-3 podem justificar um avanço da região no Plano São Paulo, uma vez que fatores econômicos e sociais são levados em consideração na hora da gestão bater o martelo.
Entre a atual fase de transição e a fase laranja, há poucas diferenças. A principal, segundo o Estado, é a mudança de 25% para 40% no limite de ocupação de estabelecimentos. Há ainda a vigência do toque de recolher, das 20h às 5h, que pode ser mantido ou não pelo governo.
A continuidade do teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e o escalonamento de horários de entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias também são dúvidas.