O boletim da Fiocruz emitido nesta quinta-feira (9) trouxe uma tendência de aumento de casos de Covid-19. Nas últimas quatro semanas, segundo a fundação, 69% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) resultaram em positivo para Covid-19.
A análise foi feita com os indicadores de 29 de maio a 4 de junho, quando se registrou 7,7 mil casos de SRAG no país. Em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo da fundação aponta o mesmo cenário, onde 92,2% foram em decorrência da Sars-CoV-2.
Segundo a Fiocruz, em nível nacional é possível observar que o cenário corresponde a um crescimento no número de casos semanais de SRAG associados ao coronavírus em todas as faixas etárias da população adulta.
“Para as ocorrências de SRAG na população em geral, a estimativa mostra crescimento de 39,5% na média móvel de casos semanais na comparação entre a primeira e última semana de maio. Na população adulta, a partir de 18 anos, a estimativa é de que esse crescimento tenha sido de 88,7%”, informou o boletim.
Entre as crianças e adolescentes, o panorama é diferente. “Os dados laboratoriais apontam que, no grupo de 0 a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), embora também se observe presença relevante de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, predomina as ocorrências de Sars-CoV-2”, informa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Diante desse contexto, Gomes ressaltou a importância da dose de reforço da vacina e da volta do uso de máscaras. “É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público. Quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar”, reforçou.
Segundo o boletim, durante este ano já foram notificados 155.227 casos de SRAG, sendo 75.012 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 57.328 (36,9%) negativos, e ao menos 14.701 (9,5%) aguardando resultado laboratorial. Das ocorrências com resultado positivo para vírus respiratórios, 5,2% foram por influenza A; 0,1% por influenza B; 9,1% por Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 82,7% por Sars-CoV-2 (Covid-19).