A Secretaria de Saúde de São Carlos (SP) vai abrir seis novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à Covid-19 no Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) nos próximos 20 dias.
Outros dez leitos de enfermaria com suporte ventilatório também devem ser abertos nos próximos dias, após assinatura do aditivo. As informações foram confirmadas pelo secretário Marcos Palermo, em entrevista à CBN São Carlos.
De acordo com o secretário, os novos leitos serão mantidos pela prefeitura durante seis meses por um custo R$ 1 milhão. Há possibilidade de credenciamento por parte do Governo Federal, o que pode fazer com que os leitos se tornem efetivos na cidade.
“A Santa Casa nos apresentou um orçamento de R$ 8,7 milhões, mas o HU já tem uma estrutura e alguns equipamentos como respiradores, além da equipe de profissionais ser contratada pela Ebserh/MEC. A diferença de preço é por conta disso. A Santa Casa teria que comprar equipamentos, contratar equipes, e isso vem tudo pelo setor privado”, explicou.
O secretário também salientou que está articulando a criação de um laboratório para atendimento básico de casos pós-Covid, para tratamento de pessoas que tiveram sequelas após se recuperarem da doença.
“Estamos na tratativa de criar um laboratório em parceria com o setor privado e com as universidades. É um centro de atendimento pós-Covid ambulatorial onde se tem fisioterapia, a questão de suporte físico para podermos atender essas pessoas e etc”, disse.
– São Carlos soma 12 mortes à espera de hospitalização em junho
– Covid-19: São Carlos tem quase 37 mil pessoas vacinadas com duas doses
Reforço dos cuidados
Marcos Palermo reforçou que, mesmo com a abertura de novos leitos, a população ainda precisa reforçar os protocolos sanitários, principalmente pessoas com comorbidades, grupo que está sendo mais acometido pela Covid-19 na cidade.
“Não há medicação, não há uma droga que resolva, é uma luta dos médicos para poder reverter os casos. Muitos casos, por mais que a gente lute, a gente não consegue. Famílias estão sendo ceifadas justamente por mortes que poderiam ser evitadas. Não adianta você abrir um milhão de leitos se as pessoas não se conscientizarem “, disse