A temida alta no número de casos de Covid-19 não se concretizou e permitiu maior flexibilização da fase de transição do Plano São Paulo, afirmou o governo do Estado. Apesar da redução do número de casos, o temor de uma nova alta fez com que a gestão segurasse uma ida para a fase laranja.
Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, desta vez com a presença do governador João Doria (PSDB), o governo anunciou expansão do horário de funcionamento do comércio, serviços, restaurantes e academias.
Apesar do maior horário, os estabelecimentos ainda contam com restrições à capacidade de atendimento, que passou de 25% para 30%, mas ainda está abaixo dos 40% da fase laranja. Apesar disso, a fase de transição permitirá a partir de segunda-feira, uma hora a mais do que seria na etapa mais flexível.
Em meados da semana, o governo do Estado chegou a temer um novo crescimento do número de casos de Covid-19, algo que não se concretizou. “Nós não acreditamos que os indicadores estejam apontando para uma tendência de uma terceira onda. Temos de trabalhar objetivamente em cima dos dados que nós temos. Agora todo o cuidado é pouco, vamos continuar com as recomendações de restrições de mobilidade, de distanciamento físico e cuidados com higienização”, comenta o coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19 de São Paulo.
O toque de recolher continua nas 645 cidades do estado, agora das 21h às 5h, assim como a recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.
“É muito importante mostrar que o esforço de todos tem valido a pena. Nós conseguimos ter uma redução de internações, casos e óbitos. Mantivemos essa desaceleração, o que nos dá o conforto por um lado, mas também a responsabilidade pelo patamar ainda elevado e manter essa gestão segura da pandemia”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.
Nesta sexta, a taxa de ocupação de UTIs por pacientes graves com COVID-19 está em 78,3% no estado e em 76,3% na Grande São Paulo. O total de internados em UTIs era de 10.060 em todo o estado, com outros 11.260 pacientes em vagas de enfermaria.